Media: A comunicação como divulgadora dos valores humanos e institucionais

Para os nativos digitais as redes sociais são «planos comunicativos e reais»

Fátima, Santarém, 25 set 2014 (Ecclesia) – Os oradores do painel «Media e cultura de encontro» – integrado nas jornadas nacionais de comunicação social – defenderam, hoje, em Fátima, que os media são “importantes” para veicularem os valores das instituições.
 
O padre Tiago Freitas, diretor do Secretariado das Comunicações Sociais da Diocese de Braga e um dos oradores do painel, considerou que a comunicação institucional – “pode ser entendida como defensiva” – por isso sustenta que esta deve ter uma “dimensão evangelizadora”.
 
Os gabinetes de comunicação das várias dioceses devem “facilitar o trabalho aos órgãos de comunicação social” porque os “jornalistas não têm grande tempo para mastigar” os comunicados, disse.
 
Por outro lado, o padre Tiago Freitas sublinha que os jornalistas “têm dificuldade” em compreender a linguagem da Igreja devido ao ser hermetismo. 
 
O uso dos meios de comunicação social “está no genoma” dos Missionários Combonianos e o provincial desta congregação, fundada por Daniel Comboni, transmitiu, aos cerca de 150 participantes destas jornadas, que a imprensa missionária é “extremamente importante para divulgar os valores da “paz, ambiente, fraternidade e direitos humanos”.
 
Ainda neste contexto do papel dos meios de comunicação social e a cultura do encontro, o padre José Vieira realçou que através dos media – tanto os tradicionais como as redes sociais – são formas “excelentes de divulgar os trabalhos dos missionários”.
 
O provincial dos Missionários Combonianos que trabalhou vários anos no Sudão do Sul confessou que utilizava, quando estava naquele país africano, “muito as redes sociais para estar informado e também contactar com os familiares”.
 
Ao relatar as experiências da fundação de rádios naquele país de África com grande instabilidade social, o padre José Vieira reconhece que os meios de comunicação social são “meios privilegiados que abrem novos mundos”.
 
Para os nativos digitais as redes sociais são “planos comunicativos e reais”, defende o padre Tiago Freitas, todavia revela que a Igreja “tem de perceber” o funcionamento destas porque “têm regras diferentes da televisão e da rádio”.
 
“Informar o que se passa com os cristãos perseguidos e necessitados” é uma das vertentes da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (FAIS).
 
Para além do seu órgão «Boletim» que divulga as iniciativas da FAIS, Félix Lungu, um dos oradores do painel e elemento da FAIS, considera que “a imprensa cristã e muitas instituições da Igreja têm ajudado a FAIS a dar voz a quem não têm voz”.
 
A utilização da comunicação através das redes sociais serve também para “dar a conhecer” os trabalhos da instituição.
 
Ao divulgar os novos projetos de evangelização através da comunicação social, o padre Tiago Freitas defende que é necessário “encontrar nichos de mercado” e existe uma “necessidade absoluta de criar alianças a nível nacional” porque “trabalhar em conjunto é fundamental”. 
 
As jornadas nacionais de comunicação social subordinadas ao tema «Uma Rede de pessoas» estão a decorrer em Fátima, na Domus Carmeli, esta quinta e sexta-feira.
 
Amanhã, monsenhor Dario Edoardo Viganò, diretor do Centro Televisivo Vaticano, fará uma conferência «Papa Francisco e a Cultura do encontro: o poder das imagens».
 
LFS
 
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