Organização católica pede intervenção rápida das autoridades oficiais
Lisboa, 14 fev 2016 (Ecclesia) – O presidente da Cáritas Portuguesa enviou uma mensagem de solidariedade às vítimas do mau tempo que nos últimos dias atingiu várias regiões do país, sobretudo no centro, e apelou à intervenção “célere” de autoridades oficiais e empresas seguradoras.
Eugénio Fonseca manifesta às Cáritas Diocesanas de Aveiro, de Coimbra e “outras onde tenham também existido ocorrências isoladas” a disponibilidade da organização nacional “para as apoiar na solidariedade efetiva com os agregados familiares mais empobrecidos e que não tenham acesso a qualquer forma de auxílio”.
“Deixamos às vítimas desta inclemência natural uma palavra de encorajamento para reorganizarem as suas casas, os seus locais de trabalho, o cultivo dos seus campos”, acrescenta a nota, a que a Agência ECCLESIA teve acesso.
A Cáritas Portuguesa manifesta a sua solidariedade para com “todas as famílias que estão a sofrer danos materiais e momentos aflitivos, agravados pelo receio da incerteza de mais intempéries nas próximas horas”.
Para a organização católica, é importante instaurar uma cultura de prevenção de desastres naturais em Portugal, “para não se andar sempre a remediar e mal”, alertando, por exemplo, para as “sujidades dos rios e ribeiros”, a “produção e/ou acumulação de lixos em lugares impróprios”.
“A Cáritas não pode dispensar-se de integrar na sua missão fundamental o cuidado da natureza, aplicando as orientações que nos últimos anos têm sido, oportunamente, indicadas pelas instâncias competentes e pelo Magistério da Igreja”, explica Eugénio Fonseca.
O responsável deixa votos de que os líderes da comunidade internacional implemente, “com verdadeira determinação”, as decisões que têm tomado nas várias cimeiras ambientais, em particular na última Conferência sobre as mudanças climáticas (COP21), realizada em Paris.
O mau tempo afetou em Portugal afetou particularmente a baixa da cidade de Águeda, que continua inundada; a localidade de Cabouco, que continua ameaçada pelo caudal do rio Ceira, havendo à volta de 30 casas inundadas; e Coimbra, onde o Mondego invadiu o Parque Verde na margem direita, a Praça da Canção e o Mosteiro de Santa Clara na margem esquerda.
O Comando Distrital de Operações de Socorro de Aveiro informou, por outro lado, que foram retomadas as buscas para encontrar o ciclista que no sábado foi levado pela corrente do Rio Vouga em Angeja, Albergaria-a-Velha.
Duas pessoas tiveram de ser retiradas durante a noite de uma habitação que ficou parcialmente soterrada devido a um desabamento de terras no Peso da Régua, disse à agência Lusa fonte da Proteção Civil.
OC