Leiria, 21 jan 2014 (Ecclesia) – O diretor do Departamento de Pastoral Familiar de Leiria-Fátima diz que a Igreja Católica tem neste momento poucas propostas e projetos na área da preparação para o matrimónio.
Em declarações publicadas pelo serviço informativo da diocese, o padre José Augusto Rodrigues sustenta que “os condicionalismos atuais exigem que esta preparação se inicie muito cedo e seja contínua, em todas as fases do crescimento humano”.
A questão esteve em destaque num encontro entre o bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, e a comunidade da Vigararia de Leiria, na última sexta-feira, dedicado à análise do tema pastoral deste ano na diocese, “Amor conjugal, dom e vocação”.
“Que ofertas faz a Igreja àqueles que pretendem contrair o matrimónio?”, perguntou o padre José Augusto Rodrigues, considerando “o atual quadro de ofertas muito redutor, aquém das exigências e das possibilidades”, sobretudo no que diz respeito ao “tempo de namoro”, que deveria ser “um tempo de crescimento, de responsabilidade e de graça”.
Durante a mesma iniciativa, o bispo de Leiria-Fátima refletiu sobre o papel da família classificando-a como “o património mais valioso da humanidade”, um tesouro que pode contribuir para uma “verdadeira transformação da sociedade e do mundo”, se for vivido por todos em ambiente de “diálogo e apoio mútuo”.
D. António Marto realçou que “a família humana não é um somatório de pessoas ou indivíduos” mas sim “um berço onde se vive na base de laços comuns”, “um espaço de encontro”.
O prelado sublinhou ainda a importância da vivência da “espiritualidade” e da “correção fraterna”, em estreita comunhão com os “valores próprios de Deus”.
“Por favor, obrigado, desculpa, perdão”, são exemplos de palavras e atitudes que exprimem essa comunhão com Deus, recordou o bispo de Leiria-Fátima.
JCP