Oito mártires da Guerra Civil espanhola serão beatificados este sábado, 29 de Outubro, no Vaticano, numa cerimónia presidida pelo Cardeal José Saraiva Martins, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos. Bento XVI, por seu lado, participará os ritos conclusivos da beatificação dos Servos de Deus Maria dos Anjos Ginard Martí, virgem e mártir, da Congregação das Irmãs Zeladoras do Culto Eucarístico; os sacerdotes espanhóis Josep Tápies, Pascal Araguás Guardia, Silvestre Arnau Pascuet, José Boher Foix, Francisco Castell Brenuy, Pedro Martret Moles; e o presbítero francês José Juan Perot Juanmartí, todos da diocese de Urgell. O prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, Cardeal José Saraiva Martins, presidirá à Missa, na Basílica de São Pedro, e lerá a Carta Apostólica em que o Papa inclui entre os beatos estes oito mártires. Bento XVI venerará as relíquias dos novos beatos, dirigirá umas palavras aos presentes e dará a sua Bênção Apostólica. Os sete padres foram detidos, juntos, e obrigados a alinharem-se para o seu fuzilamento, que teve lugar a 13 de Agosto de 1936 em Sals de Pallars (Lérida). Os seus corpos foram posteriormente exumados, em 1938, para serem enterrados em La Pobla de Segur, onde tinham sido sepultados anteriormente outros mártires. No seu túmulo pode ler-se a seguinte frase: “Aqui esperam a ressurreição os restos mortais de dez sacerdotes da Santa Madre Igreja que, por Cristo e pela sua fé, derramaram o seu sangue”. A religiosa María de los Ángeles Ginard morreu às mãos de um grupo de milicianos republicanos que tinham destruído um convento da Congregação das Irmãs zeladoras do culto eucarístico, em Dehesa de la Villa. Os restos da mártir foram descobertos numa fossa comum e posteriormente trasladados para o cemitério da actual casa das religiosas em Madrid. A decisão de beatificar estes oito “heróis da fé” surgiu após um processo de investigação que dispensou qualquer milagre, por se tratar de mártires.