Organização católica lamenta falta de ajuda governamental, na reconstrução das casas
Roma, 18 jul 2024 (Ecclesia) – A Cáritas Internacional mantém o apoio à população atingida pelo sismo de 8 de setembro de 2023, em Marrocos, que fez quase três mil mortes, na região a sudeste de Marraquexe.
O projeto humanitário ofereceu alojamento de emergência, bens de primeira necessidade e alimentos, numa fase inicial, que apoio mais de 880 pessoas até março deste ano.
“Na aldeia de Barda, a Cáritas apoiou 16 famílias particularmente vulneráveis (96 pessoas) que foram assistidas através deste projeto”, assinala um comunicado da organização católica.
As famílias atingidas pelo terramoto foram deslocadas pelas autoridades para uma área específica e receberam tendas para se abrigarem, “apesar de enfrentarem ventos que, por vezes, atingem velocidades de até 80 quilómetros por hora”.
As famílias deixaram o acampamento e regressaram às suas casas devido às condições adversas nas tendas e à distância dos campos, em relação à aldeia.
“Desde o terramoto, os habitantes vivem com receio de que os deslizamentos de terra danifiquem as suas casas. A ameaça persiste até hoje, com a preocupação constante de que chuvas fortes ou queda de neve possam espoletar outro acontecimento catastrófico”, indica a Cáritas.
Na segunda fase do projeto de ajuda, a Cáritas de Marrocos está concentrada em “restaurar os meios de subsistência, melhorar a qualidade da água afetada pela poluição da aldeia e na assistência às famílias que não receberam ajuda do governo para a reparação das suas casas”.
Segundo a organização católica, entre as 16 famílias afetadas, “apenas três receberam ajuda governamental para reconstruir ou reparar as suas casas”.
“Com rendimentos muito baixos, as famílias afetadas que não receberam qualquer apoio continuam a viver nas suas casas danificadas”, refere a nota divulgada pela confederação internacional da Cáritas.
OC