Religiosos rezam pela beatificação de Frei Casimiro, sepultado no Convento de Balsamão A inauguração do Museu de Balsamão, que reúne num só espaço peças antigas, quadros, imagens e documentos, que estavam espalhadas um pouco por todo o Convento, constituiu um dos momentos da celebração do 250º aniversário da morte do Venerável Frei Casimiro, introdutor da Congregação dos Frades Marianos da Imaculada Conceição em Portugal e fundador da comunidade de Balsamão. Esta constituiu também oportunidade para momentos de oração pela beatificação de Frei Casimiro Wyszynski; um processo antigo, que não é esquecido pelos consagrados nem pelos leigos. Na sessão solene comemorativa, que teve lugar após a eucaristia dominical, presidida por D. António Montes, Bispo Diocesano, o P. Basileu Pires, Superior dos Marianos em Portugal, evocou precisamente alguns testemunhos daqueles que conheceram de perto Frei Casimiro e atestaram as suas características especiais, de humildade, mansidão, paciência e misericórdia. O processo de beatificação iniciou-se pouco tempo após a sua morte. Como nos informa o P. Basileu Pires, citando os testemunhos da venerabilidade do Frei que trouxe a Congregação para Portugal, logo após a sua morte “se divulgara pelos lugares vizinhos a fama da sua santidade”. Sendo que o processo de beatificação foi interrompido, por circunstâncias histórico-políticas, quer do seu país natal, a Polónia, quer de Portugal, o processo foi reaberto em Roma, em 1953. Após vários testemunhos de graças concedidas por sua intercepção, Frei Casimiro foi declarado Venerável Servo de Deus, em 1989. O P. Jan Rokosz, Superior Geral da Congregação, que presidiu à sessão comemorativa, agradeceu, em nome de toda a Congregação, a todos os que, “com tanta piedade e amor, cuidais do túmulo do Servo de Deus.” No seu discurso, o Superior Geral partilhou ainda, com os presentes, uma preocupação relativa à escassez de vocações sacerdotais para continuar a missão de Frei Casimiro, aqui em Portugal. Com fé em Deus e na intercessão de Frei Casimiro, o P. Jan Rokosz fez um pedido para que todos nos “unamos em fervorosa e confiante prece, contando com intercessão de Frei Casimiro, pelas novas vocações para a Congregação dos Padres Marianos, em Portugal”. Além do Superior Geral, participaram nesta comemoração membros da Congregação dos Marianos da Imaculada Conceição provenientes de diversas comunidades, espalhadas pelo mundo. Entre estes esteve Casimiro Chwalek, Superior da Congregação dos Estados Unidos, que nos explica que Frei Casimiso foi um homem muito importante para a Congregação, que na altura passava um período difícil, uma vez que procurou espalhar a mensagem da Imaculada Conceição, em diversos países, entre os quais Portugal, onde veio a morrer, a 21 de Outubro de 1955, no Santuário que havia fundado, nos dois anos anteriores. As comemorações do aniversário da sua morte encerraram este ano, com a inauguração do Museu de Balsamão, situado no interior do Convento. O P. Basileu Pires explica-nos que este projecto surgiu na última reconstrução do Convento, no início dos anos 90, e reúne peças que, até ao momento, estavam espalhadas por vários recantos daquele lugar. Entre as peças estão pinturas a óleo, pinturas em madeira, imagens de santos, documentos referentes à história de Balsamão, fotografias referentes aos Marianos e à reconstrução do Convento, a partir de 1954, entre outros artigos. Ana Preto