Vaticano acolhe congresso mundial sobre a ação católica junto de marinheiros e pescadores, com presença de representantes portugueses
Cidade do Vaticano, 08 nov 2012 (Ecclesia) – O Vaticano manifestou a sua preocupação com os ataques de piratas marítimos, um tema que vai estar presente a partir de hoje nos trabalhos do 23.º Congresso do Apostolado do Mar, que decorre até sexta-feira.
“Trata-se de um crime difícil de enfrentar, que suscita grande preocupação, sobretudo pelo aumento da violência na gestão dos reféns, o aumento do tempo de detenção e a capacidade de resistência dos sequestradores”, disse o padre Gabriele Ferdinando Bentoglio, subsecretário do Conselho Pontifício da Pastoral dos Migrantes e Itinerantes (CPPMI), durante a conferência de imprensa da apresentação do evento.
Estas situações vão estar, assim, no centro do programa do quarto dia de encontro, na Cidade do Vaticano, subordinado ao tema ‘A nova evangelização no mundo marítimo’.
O observatório Gabinete Marítimo Internacional registava, em outubro, 233 ataques de piratas em todo o mundo entre janeiro e setembro deste ano, contra 352 reportados no mesmo período de 2011.
O cardeal Antonio Maria Vegliò, presidente do CPPMI, destacou aos jornalistas que estes incidentes deixam “traumas psicológicos a longo prazo, não só aos marinheiros mas também às suas famílias”.
Este responsável precisou que o Vaticano promove o congresso mundial para procurar “respostas pastorais adequadas aos problemas das gentes do mar”.
O Apostolado do Mar vai pedir, durante os trabalhos, a ratificação da Convenção sobre o trabalho no setor das pescas, que abrange pelo menos 38 milhões de pessoas.
Estão inscritos mais de 400 participantes de 71 países, entre os quais Portugal, que vai ser representado por D. António Vitalino, vogal da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, e pelo diretor nacional do Apostolado do mar, padre Sílvio Couto.
OC