Papa recebeu em audiência cerca de 400 agentes pastorais no encerramento de um congresso mundial do setor
Cidade do Vaticano, 23 nov 2012 (Ecclesia) – Bento XVI defendeu hoje, no Vaticano, a necessidade da Igreja Católica acompanhar mais de perto os agentes marítimos e os pescadores, numa audiência concedida aos participantes do Congresso Mundial do Apostolado do Mar.
Segundo a sala de imprensa da Santa Sé, o Papa sublinhou que “os constrangimentos vividos pelos trabalhadores da indústria marítima, pelos pescadores e suas famílias”, sujeitos a fenómenos como a pirataria e aos prejuízos causados pela pesca ilegal, devem “tornar a Igreja ainda mais atenta e solícita”.
Dirigindo-se a um grupo de cerca de 400 agentes pastorais do setor, Bento XVI destacou a importância de tratar dos problemas com “uma visão integral do Homem, que respeite os vários aspetos da pessoa humana e que esteja purificada pela caridade”.
Salientou ainda a necessidade de cuidar do “anúncio do Evangelho” junto daqueles que retiram do mar o seu sustento, muitos deles atualmente “pertencentes às Igrejas Orientais”.
“A presença nos portos, as visitas quotidianas aos navios aí atracados e o acolhimento fraterno nas horas de pausa das tripulações, são o sinal visível da solicitude para com quem não pode dispor de um acompanhamento pastoral normal”, apontou o Papa.
Bento XVI abordou também as dificuldades económicas que atingem a indústria pesqueira, assegurando “a proximidade da Igreja” a todos quantos “procuram condições de trabalho dignas e seguras, que salvaguardem o valor da família, do ambiente e do Homem”.
O Apostolado do Mar foi instituído pelo Papa Pio XI em 1922, para desafiar capelães e voluntários a espalharem o Evangelho pelos portos de todo o mundo, junto de tripulações das mais variadas nacionalidades.
A 23ª edição do Congresso Nacional, que termina esta sexta-feira, é dedicada ao tema “nova evangelização no mundo marítimo” e conta com a presença de D. António Vitalino, vogal da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, e do diretor nacional do Apostolado do Mar, padre Sílvio Couto.
JCP