Manifesto para uma Europa mais social

Rede Europeia Anti-Pobreza lança campanha antes de eleições por um «pacto» comunitário em favor dos mais desfavorecidos

Lisboa, 06 mar 2014 (Ecclesia) – A Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN) lançou a campanha europeia ‘Eleger Defensores para uma Europa Social’ em parceria com os seus membros a propósito das eleições para o Parlamento Europeu marcadas para 25 de maio.

A campanha pede que representantes políticos e cidadãos comuns assinem um compromisso em que se comprometem a defender no Parlamento Europeu a necessidade de criar “um pacto social para uma Europa social; uma estratégia da União Europeia eficaz no combate à pobreza, exclusão social, desigualdade e discriminação; uma democracia mais forte e a participação da sociedade civil e uma audição anual no Parlamento Europeu com pessoas em situação de pobreza”.

“Com os níveis de confiança dos cidadãos na União Europeia num valor de 33 por cento e os níveis de confiança dos governos nacionais a chegarem ainda mais baixos o maior derrotado das eleições do Parlamento Europeu de 2014 pode ser a própria democracia”, alerta a EAPN, no manifesto enviado hoje à Agência ECCLESIA.

Uma realidade problemática a que a EAPN acredita que os representantes democraticamente eleitos podem ser “parte da solução” incentivando por isso “as pessoas a fazerem o seu voto valer nas eleições para o Parlamento Europeu”.  

Para que o combate à pobreza seja mais eficaz a EAPN lembra que esta “não é um problema de escassez de recursos”, dado que evitando “a ganância e o desperdício” e partilhando o que existe “de forma equitativa e sustentável, através de uma distribuição mais justa, é possível erradicar a pobreza!”.

“A boa notícia é que sociedades mais igualitárias têm um melhor desempenho para todos e estados-providência universais alcançam uma maior equidade ao prevenirem e erradicarem a pobreza e o Parlamento Europeu pode desempenhar um papel vital de forma a assegurar que a União Europeia se desenvolva nesta direção”, acrescenta a nota.

Propostas que vão de encontro à ‘Estratégia Europa 2020’, que tem como meta “o crescimento inclusivo e a redução da pobreza” que a EAPN desafia os políticos a pôr em prática.

“Apelamos aos candidatos para que se comprometam com a garantia de que uma estratégia equilibrada como esta substitui uma governança económica redutora como força motriz da cooperação da União Europeia e que garantam também que os Fundos de Coesão da União Europeia refletem estas prioridades”, pode ler-se na nota da EAPN.

MD

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