Malta: Papa apela à coragem perante o desconhecido

Bento XVI visitou igreja de São Paulo, em Rabat

Bento XVI visitou este Sábado a igreja de São Paulo, em Rabat, na Ilha de Malta, apelando à “coragem” diante do desconhecido e à “confiança” na providência divina.

No momento conclusivo do primeiro dia da décima quarta viagem papal ao estrangeiro, o Papa foi acolhido pelo pároco local, que depois o acompanhou até ao interior da igreja onde se encontravam cerca de 250 missionários.

Depois de um momento de oração silenciosa, Bento XVI dirigiu-se para a capela adjacente do Santuário, descendo depois as escadarias que o conduziram à Gruta de São Paulo.

Este local é considerado uma pedra milenar da Igreja em Malta, visto que o Apostolo Paulo (Século I), depois do seu naufrágio, ali passou três meses em pregação. A Gruta tornou-se ponto de referencia para a primeira comunidade cristã.

“O naufrágio de Paulo e a sua paragem durante três meses em Malta deixaram um sinal indelével na historia do vosso país”, disse o Papa, salientando que as suas palavras do apóstolo aos companheiros de viagem antes de chegar a Malta – “em qualquer ilha havemos de encalhar” – são um convite à coragem perante o desconhecido e a confiança inquebrantável na misteriosa providencia de Deus.

Bento XVI mencionou depois o grande número de padres e religiosos que imitaram o zelo missionário de São Paulo, deixando Malta para levar o Evangelho a localidades distantes. O Papa agradeceu-lhes em nome de toda a Igreja, pelo seu testemunho do Senhor Ressuscitado e pelas vidas que gastaram ao serviço dos outros.

“A palavras do Evangelho, ainda hoje, têm o poder de fazer uma irrupção nas nossas vidas e de mudar o seu curso até à conversão, a uma nova vida e a um futuro de esperança” indicou.

De maneira particular o Papa exortou os pais, professores e catequistas a falarem aos outros do seu próprio encontro vivo com Jesus ressuscitado, especialmente aos jovens que são o futuro de Malta.

“Vivei a vossa fé de maneira ainda mais plena juntamente com os membros das vossas famílias, dos vossos amigos, nos vossos bairros, nos lugares de trabalho e no  tecido da sociedade maltesa”, afirmou.

A concluir, Bento XVI deixou algumas interrogações: “Perante tantas ameaças à sacralidade da vida humana, à dignidade do matrimónio e da família, os nossos contemporâneos não precisam de serem constantemente chamados à grandeza da nossa dignidade de filhos de Deus e à vocação sublime que recebemos em Cristo?”

A sociedade actual, assinalou, tem necessidade de “apropriar-se de novo e de defender aquelas verdades morais fundamentais que estão na base da liberdade autêntica e do progresso genuíno”.

(Com Rádio Vaticano)

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