Mali: Igreja Católica recolhe fundos a favor dos cristãos perseguidos

Iniciativa está a cargo da Fundação Ajuda a Igreja que Sofre e as verbas vão ser canalizadas para os refugiados da Diocese de Mopti

Lisboa, 26 jan 2013 (Ecclesia) – A fundação pontifícia Ajuda a Igreja que Sofre (AIS) está a recolher fundos para apoiar as comunidades cristãs do norte do Mali, vítimas de perseguição e violência da parte de grupos rebeldes ligados à organização terrorista Al Qaeda.

Num comunicado publicado através da página da organização católica na internet, a Conferência Episcopal do Mali revela que “os cristãos foram obrigados a fugir do norte” do país e, apesar de muitos deles terem sido acolhidos por familiares, enfrentam atualmente grandes dificuldades “pois partiram sem nada”.

A Diocese de Mopti, localizada num território controlado pelo Governo maliano, permanece como um dos poucos portos seguros para os cristãos em fuga e acolhe atualmente 326 famílias de refugiados.

D. Georges Fonghoro, responsáveis episcopal daquela comunidade, lamenta o sofrimento a que estão sujeitas as pessoas, que “têm medo de voltar para as suas aldeias”.

Para responder às necessidades mais básicas das famílias, como por exemplo a alimentação e os cuidados de saúde, o bispo solicitou o apoio da Fundação AIS, que “vai enviar uma primeira ajuda de 40 mil euros”.

O conflito armado entre as forças rebeldes e as tropas governamentais do Mali começou em janeiro de 2012, quando extremistas islâmicos irromperam pela região e procuraram declarar um novo Estado independente, Azawad.

Desde então, a escalada de violência não tem abrandado, apanhando pelo meio as populações locais – um relatório divulgado a 18 de janeiro pelo Conselho dos Direitos Humanos, dentro da Organização das Nações Unidas, denuncia uma grave situação de violação de direitos humanos, que inclui assassinatos e torturas de civis.

Aquele país africano conta atualmente com perto de 15 milhões de habitantes, 90 por cento dos quais de religião muçulmana e 10 por cento de cristãos.

Depois de ter enviado em 2012 cerca de 160 mil euros para o Mali, com o objetivo de apoiar diversos projetos de auxílio às populações atingidas pela guerra, a Fundação AIS pede agora o contributo da sociedade portuguesa, para atender às necessidades dos refugiados em Mopti.

AIS/JCP

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top