Ataque contra um hotel da capital fez pelo menos 27 mortos
Lisboa, 20 nov 2015 (Ecclesia) – O arcebispo de Bamako, capital do Mali, condenou hoje o ataque contra um hotel da cidade que fez pelo menos 27 mortos, segundo as forças de paz da ONU.
“É preciso travar esta violência fratricida, deixar de considerar o outro como inimigo. Estes ataques, de Paris a Beirute e depois Yola e Bamako, são uma ofensa a Deus”, disse D. Jean Zerbo à agência católica MISNA, especializada em informação africana.
O arcebispo falou de um clima “surreal” após o assalto ao Hotel Radsisson, onde mais de 170 pessoas foram feitas reféns por um comando armado.
“A impressão que fica é que o ataque foi dirigido contra os estrangeiros e não contra os maliano”, que não frequentam a zona em que o hotel se situa, acrescentou o prelado.
Os grupos terroristas Al-Qaeda no Magrebe Islâmico e Al Murabitun reivindicaram o "ataque conjunto" de hoje.
O Mali procura sair de uma guerra civil iniciada em 2011, quando grupos tuaregues e islamitas lançaram uma rebelião no norte do país, proclamando-o independente.
O governo de Bamako pediu a intervenção da França, que enviou um contingente para apoiar o executivo e travar o avanço dos rebeldes.
OC