Reorganização paroquial e diocesana procura optimizar trabalho da Igreja na pastoral da saúde Os desafios da reorganização paroquial e diocesana na área da saúde estiveram em análise na Assembleia geral da Pastoral da saúde que delineou caminhos a desenvolver e a optimizar, sempre em vista à melhoria das respostas espirituais e assistênciais a dar aos doentes. Um encontro que juntou 14 comissões diocesanas, congregações religiosas e movimentos de leigos profissionais nomeadamente médicos, enfermeiros e farmacêuticos em torno do programa de acção para o próximo ano pastoral. As grandes linhas orientadoras do trabalho a desenvolver em 2008-2009 tem a formação no seu centro. O Coordenador Nacional da Pastoral da Saúde, o Pe. Feytor Pinto, explica à Agência ECCLESIA não ser possível realizar um trabalho sério e profundo sem uma formação “não apenas dos capelães e sacerdotes, mas de todos os agentes pastorais num aprofundamento integrado”. As relações institucionais “com as estruturas políticas e sociais” têm estado ao longo do ano em cima da mesa. O Pe. Feytor Pinto afirma “com alegria” que está a chegar “a um termo positivo” o diálogo para a regulamentação da assistência espiritual e religiosa nos hospitais. O coordenador nacional aponta a necessidade de a “organização hospitalar garantir que o direito do doente está assegurado”. Sexta-feira, o Ministro da Justiça, Alberto Costa, garantiu estar para breve a apresentação de alguns ante-projectos no âmbito da regulamentação da Concordata referentes à assistência religiosa nas prisões, hospitais e quartéis. A dimensão ecuménica na assistência aos doentes é outro desafio sublinhado pelo coordenador nacional, quer em ambiente hospitalar como paroquial. “Temos de respeitar a liberdade religiosa de cada um, mas organizados para que essa garantia seja dada”. A assistência espiritual e religiosa ao enfermos é outro área que “não prescindimos”. Dentro deste quadro o Pe. Feytor Pinto explica que a Pastoral da Saúde finaliza uma reflexão sobre o regulamento da assistência espiritual e religiosa nos hospitais. A reorganização pastoral nas dioceses é outra área a que este organismo nacional quer prestar atenção. “Há dioceses que têm uma acção na área da saúde muito insipiente e que pode ainda ser desenvolvida, quer nos hospitais como apostando no desenvolvimentos nas paróquias e no envolvimento de Congregações religiosas e movimentos”. A pastoral da Saúde encontra novos desafios a que quer dar resposta. O Pe. Feytor Pinto destaca a relação necessária entre o hospital e a paróquia. “A prevenção deve ser feita nas estruturas paroquias, que acompanha e assiste o doente no pré e no pós assistência hospitalar”. O Coordenador Nacional destaca Porto, Lisboa e Évora como dioceses que estão na linha da frente da Pastoral da Saúde. A reorganização pastoral visa precisamente dar passos onde esta área está ainda pouco desenvolvida. “Temos a preocupação de dar todo o apoio às unidades diocesanas”. O Pe. Feytor Pinto aponta a importância de se trabalhar na educação para a saúde. “Ou prevenimos as pessoas que estão sãs para que não adoeçam, sobretudo em algumas etapas da vida como na adolescência ou velhice, ou teremos uma multiplicação de doentes”. No encontro foram também delineadas actividades nacionais nomeadamente o XXI Encontro Nacional da Pastoral da Saúde, marcado para Dezembro, sob o tema “Dimensão terapêutica da espiritualidade” e também o Dia Mundial do Doente marcado pelo tema “A missão sanadora da Igreja”. A nível diocesano, consoante as diferentes realidades, temas como o voluntariado, os problemas em princípio e fim de vida, serão também desenvolvidos.