D. Carlos Azevedo pede mudanças na relação com o Estado, contra as dependências, durante o I Congresso da Pastoral Social O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social, D. Carlos Azevedo, disse hoje aos participantes no I Congresso da Pastoral Social que, perante os problemas sociais existentes, “há sempre novas interrogações a suscitar respostas, com criatividade e ousadia”. As comunidades cristãs querem intervir “com identidade própria, querem contribuir com generosidade nascida da caridade renovadora de entusiasmo” – sublinhou. A decorrer em Fátima até Quinta, dia 11, esta iniciativa tem como tema «Intervir na Sociedade, Hoje! Memória e Projecto”. O presidente da Comissão disse aos jornalistas que, além da identidade própria, as instituições sociais católicas devem “ter uma qualidade que esteja ao nível dos melhores”. Sobre o apoio que o Estado concede às instituições da Igreja, D. Carlos Azevedo defende que este “deve ser cada vez mais atenuado” para que haja “liberdade e autonomia das instituições”. E acrescenta: “Durante algum tempo houve demasiada dependência do Estado.” Na sua intervenção, o prelado manifestou: “Esperamos gastar pouco tempo a gerir questões inerentes ao sistema, a afastar tentações de domínio ou de isolamento, porque as enormes carências sociais que nos rodeiam exigem todas as nossas energias e recursos, sentimento e razão.”