Maior concelebração da história de Roma fechou ano sacerdotal

Mais de 15 mil padres de quase uma centena de países estiveram com Bento XVI

Mais de 15 mil padres de todo o mundo marcaram presença esta Sexta-feira na Missa que encerrou o Ano Sacerdotal, no Vaticano, naquela que foi a celebração eucarística com o maior número de concelebrantes da história de Roma.

A Missa, presidida por Bento XVI, colocou um ponto final neste ano, que ele próprio convocou para assinalar o 150.º aniversário da morte do Santo Cura d’Ars, João Maria Vianney (1786-1859).

Simbolicamente, Bento XVI utilizou na celebração o cálice que pertencia a São João Maria Vianney, que hoje é conservado na paróquia de Ars (França).

Mons. Guido Marini, responsável pelas celebrações litúrgicas do Papa, lembra que o Santo francês “esteve no centro do Ano Sacerdotal”.

A celebração contou com momentos particulares, como o “rito de aspersão com a água benta, como acto penitencial”, para “retomar o tema da purificação, sobre o qual o Papa falou ultimamente, em diversas ocasiões”.

Depois da homilia, os sacerdotes renovaram as promessas sacerdotais, como na Quinta-Feira Santa, na Missa Crismal.

No fim da concelebração, antes da bênção conclusiva, o Papa renovou o acto de consagração dos sacerdotes a Nossa Senhora, segundo a fórmula utilizada por ocasião da peregrinação a Fátima, no dia 13 de Maio.

Quinta-feira, na vigília de oração com Bento XVI que decorreu na Praça de São Pedro, o Prefeito da Congregação para o Clero, Cardeal Cláudio Hummes, explicou que o Ano sacerdotal teve como objectivo “promover o compromisso de interior renovação de todos os sacerdotes por um forte e incisivo testemunho evangélico no mundo de hoje”.

“Cada sacerdote sabe bem que nunca está concluído o caminho de conversão”, afirmou o Cardeal brasileiro, acrescentando que este caminho se inicia no seminário e que prossegue durante toda a existência terrena, pelo que deixou votos de que “o Ano Sacerdotal não termine nunca”.

D. Cláudio Hummes manifestou ainda sua gratidão ao Papa, “por tudo o que fez, o que está a fazer e fará por todos os sacerdotes”.

“Sabemos que Sua Santidade já perdoou e perdoa sempre a dor que alguns lhe provocaram. Esteja certo de que o corpo sacerdotal como tal deseja ingressar, com o Senhor, no diálogo de amor entre Jesus e Pedro”, completou.

Hoje, Bento XVI disse pedir “perdão” pelos “pecados dos sacerdotes”, em particular pelos “abusos sobre os pequenos”, assegurando que a Igreja tudo fará para que não se repitam.

O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa, que ouviu, em Roma, a mensagem do Papa, destaca a coragem de Bento XVI ao pedir perdão a Deus e às vítimas.

“A religião cristã é a religião da misericórdia e do perdão, tanto a misericórdia e o perdão que recebe de Deus, de Jesus Cristo, como também recebe daqueles que são ofendidos pela Igreja”, disse à Rádio Renascença.

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Agência ECCLESIA

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