D. Manuel Linda meditou sobre vida e exemplo de Nossa Senhora para os cristãos hoje
Maia, Porto, 14 jul 2015 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e de Segurança presidiu à festa de Nossa Senhora do Bom Despacho, Padroeira do Concelho da Maia, e incentivou a população a “liderar” a consciência de uma “solidariedade de proximidade”, de fraternidade.
“Esta «Terra da Maia», no coração da «Terra de Santa Maria», tem hoje, também, uma responsabilidade determinante de «liderar» a tomada de consciência de uma solidariedade de proximidade que exprima e gere a fraternidade universal”, disse D. Manuel Linda, este domingo.
Na homilia enviada à Agência ECCLESIA, o prelado assinala que a Maia e os maiatos devem “continuar” a destacar-se no “enorme contributo” que dá para conciliar indústria com “respeito pela natureza, valorizando, assim, a obra da Criação”.
No Santuário de Nossa Senhora do Bom Despacho, a padroeira do Concelho da Maia, o também presidente da Comissão Episcopal Missão e Nova Evangelização meditou sobre a mãe de Jesus como “ícone ou paradigma da salvação e imagem da Igreja”.
D. Manuel Linda explicou três pontos que se descobrem na vida e exemplo de Nossa Senhora, como a condição cristã “é estar do lado de Deus”, mesmo com as “muitas preocupações” na vida de cada um e, “porventura, todas legítimas” – “o trabalho, a família, a educação dos filhos, etc” – onde um “certo materialismo” teima em afastar de Deus.
“Para não trocarmos a «Grande Meta» por falsas metas, necessitamos do esforço da vontade e até de uma sã teimosia que nos agarre bem solidamente à fé”, alertou.
Depois, observou que Nossa Senhora lembra o “desígnio de Deus” em “reunir” todos os homens numa só família de irmãos, segundo o prelado falta cumprir o “terceiro grande ideal da modernidade”, a fraternidade.
Neste contexto, D. Manuel Linda revela o terceiro ponto da sua reflexão e apresenta Maria de Nazaré que “passa da «velha» fé judaica à nova visão” atuada por Jesus para recordar que o cristão é “chamado a uma nova mentalidade” na sociedade.
“Ajudar os nossos contemporâneos a dar a primazia a Deus e a respeitar a sua obra e o seu plano criador”, exemplificou, pedindo atenção por quem “menos contam na sociedade” e pela natureza.
“Que jamais a nossa ação contradiga a ação de Deus: Se Ele é o Criador, não sejamos nós os destruidores”, apelou o presidente da Comissão Episcopal Missão e Nova Evangelização.
Na homilia, D. Manuel Linda também contextualizou que o título de Nossa Senhora do Bom Despacho vem do ato “positivo da cura” de um devoto juiz, Domingos Barreiros Tomé, por volta de 1730.
CB