Equipa da JMJ 2011 inclui cerca de uma centena de portugueses (redação corrigida)
Madrid, 09 ago 2011 (Ecclesia) – O cardeal espanhol Rouco Varela presidiu hoje em Madrid a uma missa de acolhimento para a equipa internacional de voluntários da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2011, que inclui cerca de 100 portugueses.
O arcebispo local saudou os presentes em sete línguas e tirou uma foto oficial com todos os voluntários.
Em Madrid trabalham agora cerca de 24 mil voluntários de todo o mundo, que vão ficar alojados no recinto da Feria Internacional.
Antes de partir, Sara Silva, da diocese de Santarém, confessou à Agência ECCLESIA, estar “com vontade de arregaçar as mangas, para trabalhar num encontro que já tem muitos anos de história e que leva sempre tanta gente a percorrer o mundo só para poderem participar”.
Ao longo dos dias de certame, serão muitas as tarefas a desempenhar, a começar pelo encaminhamento dos grupos até aos seus respetivos locais de alojamento, a prestação de informações úteis e esclarecimento de dúvidas.
Depois, durante as várias atividades e celebrações previstas, a prioridade dos voluntários será assegurar o bem-estar dos peregrinos, como por exemplo através da distribuição de água e prestação de cuidados de saúde.
Para José Mateus, da diocese do Porto, trata-se de uma “forma mais ativa de participar e ajudar a comunidade cristã”.
“Quando nos damos aos outros, acabamos por receber sempre muito mais, e é isso que espero destes dias”, aponta, por seu lado, Élia Florêncio, da diocese de Lisboa, que aos 32 anos toma parte no evento pela primeira vez.
Em declarações à Rádio Vaticano, o presidente do Conselho Pontifício para os Leigos (Santa Sé), cardeal Stanislaw Rylko, falou esta segunda-feira numa “festa da juventude da Igreja, um testemunho fascinante da fé jovem, plena de entusiasmo e dinamismo missionário”.
“O mundo de hoje – especialmente a nossa Europa – precisa urgentemente de tal testemunho”, acrescenta.
Segundo o homem do Vaticano responsável por acompanhar esta iniciativa, a JMJ de Madrid quer ser “uma resposta clara e persuasiva a tais necessidades do homem de hoje”.
O cardeal Rylko aborda ainda a situação do país de acolhimento, referindo que a Espanha se apresenta como “um grande laboratório em que sérios problemas e os desafios da pós-modernidade se manifestam com particular intensidade”.
“Basta pensar no fenómeno da secularização, nas tendências a um laicismo radical, nas leis do Estado que se contrapõem nitidamente à lei natural, no desemprego juvenil que cresce cada vez mais. E justamente nesse difícil contexto, hoje, a Igreja na Espanha – graças à JMJ – é chamada a redescobrir a sua vocação profética e uma renovada coragem evangelizadora”, precisa.
A 26ª edição das JMJ decorre entre 16 e 21 de agosto, contando com a presença de Bento XVI nos últimos quatro dias do evento e uma participação estimada em mais de um milhão de pessoas.
JCP/OC
Notícia atualizada às 14:38