Madre Rita antecipou a Mensagem de Fátima

«E soube ler os sinais dos tempos» – disse D. José Saraiva Martins na homilia da cerimónia da beatificação. A diocese de Viseu viveu hoje um dia especial. Uma filha da terra foi elevada aos altares como beata, numa celebração presidida por D. José Saraiva Martins, Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, também ele natural daquela região. Na homilia da celebração – contou com milhares de pessoas – D. José Saraiva Martins disse – no adro da Sé daquela cidade – que a “vida cristã é essencialmente missionária e evangelizadora”. É neste contexto que “madre Rita acaba de ser elevada às honras dos altares”. A nova beata viveu num período “extremamente difícil” devido à situação da Europa e à conjuntura interna do nosso país. “Num tempo em que, também entre nós, a Igreja escreveu páginas de martírio e deu ao mundo testemunhos de altíssimo valor antropológico e religioso”. Madre Rita Amada de Jesus foi uma dessas expressões “da vida, da cultura, da laboriosidade e religiosidade da gente portuguesa”. Depois de instalar colégios em várias dioceses desta pátria, Madre Rita viu o seu Instituto passar para além das fronteiras. Hoje, a obra está também implantada no Brasil, Angola, Bolívia, Paraguai e Moçambique. “Ligou o seu país natal aos continente americano e africano” – realça o Prefeito da Congregação. Independentemente da condição social e raça, o cristão deve ter apenas “um só coração” para amar a Deus e os irmãos. Outra característica da espiritualidade de Madre Rita é “a sua terna devoção mariana, com uma particular predilecção pelo Rosário”. Antecipou, de certo “modo a mensagem de Nossa Senhora aos três Pastorinhos de Fátima”. A nova beata foi também uma “enamorada” de Jesus. Daí, provinha a sua energia e “zelo apostólico” – afirmou D. José Saraiva Martins na homilia. E continua: “soube ler os sinais dos tempos que pediam respostas novas, originais e corajosas”. A mensagem de Madre Rita é “muito importante” porque “ela lutou com todas as forças pela libertação da mulher de toda e qualquer escravidão”. Os grandes problemas do nosso tempo só “poderão ser resolvidos com uma apaixonada acção educativa das novas gerações”. Da educação, sobretudo das crianças e dos jovens, depende o futuro de um País, da inteira sociedade. “Eis o grande e precioso ensinamento da Madre Rita de Almeida” – explicou.

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