Madre Clara: Visita à cripta da nova beata atrai fiéis

Desde o fim da cerimónia de beatificação que os crentes não param de chegar

Lisboa, 21 mai 2011 (Ecclesia) – A romagem à cripta da mais recente beata portuguesa, Madre Maria Clara do Menino Jesus, começou logo após a cerimónia de beatificação.

Muitos são os fiéis que se deslocaram à casa mãe da Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição (CONFHIC), em Linda-a-Pastora (concelho de Oeiras).

A música fazia o acolhimento e os corredores eram estreitos para a passagem de todos os que queriam chegar perto do local onde repousam os restos mortais da beata Madre Clara.

Entre as dezenas de pessoas presentes, estava uma senhora residente de Queijas, freguesia onde se situa a casa mãe da congregação, com a pagela de oração a Madre Clara.

“Quando o cardeal disse que Madre Clara estava beatificada toda eu me arrepiei. Conheço bem o trabalho de toda a congregação e venho cá muitas vezes trazer roupas para as irmãs levarem para os necessitados e já rezava a esta nova beata há muito tempo”, disse Irene Martins, de 64 anos, em declarações à Agência ECCLESIA.

O ambiente era de oração: uns ajoelhavam-se, outros admiravam o espaço e a romagem seguia sob o olhar atento das irmãs franciscanas hospitaleiras.

Após ter venerado a Madre Clara, Maria Sequeira, de 60 anos, estava de saída com um sorriso estampado no rosto e confessava que sentira “com profunda alegria esta beatificação”.

Também feliz vinha Helder Rodrigues, de Guimarães, por estar pela primeira vez na cripta de Madre Clara com a filha Mafalda, de apenas 9 anos.

“Ter vindo cá foi uma alegria e tenho muita fé na Mãe Clara, que conheci através de um familiar. Para mim é um novo ato de fé”.

Já o Francisco, de 7 anos, dizia com toda a naturalidade que gostou deste dia por toda a festa, “pelas palmas e pela música”. 

A nova beata, Libânia do Carmo Galvão Mexia de Moura Telles e Albuquerque, nasceu na Amadora, em Lisboa, a 15 de junho de 1843, e recebeu o hábito de Capuchinha, em 1869, escolhendo o nome de Irmã Maria Clara do Menino Jesus.

A religiosa foi enviada a Calais, França, a 10 de fevereiro de 1870, para fazer o noviciado, na intenção de fundar, depois, em Portugal, uma nova Congregação, pelo que abriu a primeira comunidade da CONFHIC em S. Patrício – Lisboa, no dia 3 de maio de 1871 e, cinco anos depois, a 27 de março de 1876, a Congregação é aprovada pela Santa Sé.

A «mãe Clara», como é popularmente conhecida, morreu em Lisboa, no dia 1 de dezembro de 1899, e o seu processo de canonização viria a iniciar-se em 1995. 

SN

 

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Agência ECCLESIA

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