Madeira/Venezuela: Bispo do Funchal destaca «testemunho de fé» da comunidade emigrante

Calheta, Madeira, 11 ago 2014 (Ecclesia) – O bispo do Funchal presidiu às celebrações da Festa Nossa Senhora do Coromoto na Paróquia do Atouguia, Calheta, e assinalou que é bonito “ver a fé que levaram, a fé que trazem e mostram” os emigrantes na Venezuela.

“O testemunho de fé de quem parte em busca de novas condições de vida, encontrando-as ou porventura encontrando também a sua cruz e as suas dificuldades mas que vêm e se afirmam na fé que levaram, na fé que têm diante de toda a comunidade de onde partiram e por onde passaram é bonito”, destacou D. António Carrinho que agradeceu à comunidade emigrante o seu “testemunho de fé”.

Na festa de Nossa Senhora do Coromoto, também conhecida como festa do emigrante, celebrada este domingo, o bispo do Funchal explicou que a fé tem de ser entendida “não só em termos de dificuldades ou facilidades” porque “é para a vida” mas sabe que esta relação “depende de cada pessoa”.

“Nós queremos é que a fé toque a vida toda não apenas em termos de facilidades ou de dificuldades”, desenvolveu o prelado,  no município da Calheta, quando questionado sobre a aproximação dos emigrantes à Igreja quando saem do seu país.

“Se as dificuldades aproximam mais de Deus e da Igreja ou não depende de cada pessoa”, acrescentou.

Segundo D. António Carrilho, a Igreja Católica procura ter estruturas de apoio, nos países da emigração, que “são importantes para quem parte e para quem chega” porque “as dificuldades dos primeiros tempos requerem apoio” mas este auxílio é prestado “em espírito de voluntariado e de entreajuda fraterna”.

O bispo do Funchal comenta que para alguns emigrantes “parece que não há férias sem as festas, o arraial”, por isso tentam estar sempre presentes.

Para D. António Carrilho, o arraial tem sentido porque é uma expressão de “alegria, da convivência das pessoas umas com as outras” que proporciona que a festa religiosa também seja “bem participada, com alegria e a tocar o coração”, com a procissão a assumir-se como “um momento de contemplação e de caminhada”.

“Interessa sentir que vêm com gosto e alegria de celebrar as suas tradições religiosas”, observou sobre os emigrantes presentes.

Através do canal TV na internet a ‘Minha Terra’, da Madeira, D. António Carrilho, inspirado no Evangelho deste domingo, desejou ainda que todos “mantenham a sua fé que traz a confiança, a coragem, a capacidade de viver na alegria e na tristeza, na facilidade e na dificuldade”.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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