Alberto João Jardim defende que, em Igreja, não há espaço para raciocínios regionalistas e saúda D. António Carrilho O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, considera que o facto do novo Bispo do Funchal ser natural do Continente não impedirá que seja bem acolhido pelos fiéis da Ilha. “Em matéria de Igreja, não podemos fazer raciocínios desse tipo. Eu sou crente, sou cristão de culto católico e entendo que o Espírito Santo está sempre por detrás de tudo isto. Portanto, aceitamos com muito prazer, porque não é facto de ser ou não ser daqui que faz dele um grande Bispo”, referiu, em declarações à Agência ECCLESIA. O dirigente regional deu como exemplo o caso de D. Francisco Santana, natural de Lisboa e Bispo do Funchal entre 1974 e 1982, “um grande Bispo desta Diocese num momento particularmente difícil da vida do país”, que “hoje tem aqui uma Praça com o nome dele e um busto numa das Praças da Madeira”. Em relação a D. António Carrilho, lembra que o conhece ” há muitos anos, porque era um amigo do Bispo D. Francisco Santana, e assegura que “é muito bem-vindo à Madeira, pelo seu currículo pastoral, pela sua maneira de ser como homem e cidadão”. “Felizmente é mais um madeirense que temos entre nós. Aumentamos a população”, acrescenta. Alberto João Jardim considera, por outro lado, que D. Teodoro de Faria teve um “episcopado notável”, destacando o trabalho feito “sob o ponto de vista das vocações sacerdotais” e na área da recuperação e edificação do património religioso. Para o presidente do Governo Regional da Madeira, nestes 25 anos houve um trabalho “fantástico” ao nível da “animação das obras de solidariedade social: é fantástico que neste 25 anos de bispado foi criado”. Em resposta às críticas feitas à relação entre Igreja e poder local, Alberto João Jardim refere que foi numa perspectiva de “Estado Laico, mas Nação cristã” que decorreu a cooperação ente a Diocese e o Governo Regional, “sempre com a preocupação de não invadirmos âmbitos de competência de cada um”.