Madeira: «Nós, cristãos, queremos morrer em Jesus», diz bispo do Funchal em celebração pelos Fiéis Defuntos

D. Nuno Brás realçou que «morte não é a palavra final sobre qualquer vida humana»

Foto: Jornal da Madeira/Duarte Gomes

Funchal, Madeira, 03 nov 2023 (Ecclesia) – O bispo do Funchal afirmou esta quinta-feira que os cristãos esperam “morrer em Jesus”, ao presidir à Eucaristia no cemitério de São Martinho, da capital madeirense, na comemoração de todos os fiéis defuntos.

“Existem muitos modos de morrer, de viver esse momento único e decisivo para cada ser humano que é a morte do nosso corpo físico. Nós, cristãos, queremos “morrer em Jesus”. Desde o momento do nosso batismo, a nossa existência de discípulos consiste na procura de uma cada vez maior identificação com o Senhor”, referiu D. Nuno Brás, citado pelo jornal da Diocese do Funchal.

De acordo com o bispo diocesano, “Deus levará com Jesus, os que em Jesus tiverem morrido”, e que essa esperança, que não é “vazia”, anima os cristãos.

“Quase somos levados a pensá-lo, diante da realidade dura, difícil, que diariamente vivemos: seja porque assistimos, impotentes, ao drama da guerra em Israel ou na Ucrânia, na Nigéria ou em Moçambique; seja porque somos confrontados com a dificuldade que tantos dos nossos concidadãos – amigos, conhecidos, ou simples seres humanos que encontramos pelas ruas da nossa cidade – experimentam no seu quotidiano e que não nos pode ser indiferente; seja porque também nós somos levados ao desânimo”, explicou.

D. Nuno Brás salientou que “todas essas situações não serão nunca a última e definitiva palavra” e que “a morte não é a palavra final sobre qualquer vida humana” e que os cristãos acreditam, informa o Jornal da Madeira.

“Acreditamos na Vida Eterna porque, tal como Jesus, também nós passamos pela morte; mas se morremos em Jesus, também com Ele o Pai nos dará a Vida – a Sua Vida!”, sublinhou.

No final da homilia, o bispo do Funchal pediu misericórdia para “aqueles que repousam no cemitério de S. Martinho” e para todos os presentes, dirigindo-se ao jazigo dos sacerdotes falecidos e ao túmulo de D. Francisco Santana, antigo bispo da diocese.

A Missa foi concelebrada pelo cónego Manuel Martins, pároco de São Martinho, e pelo padre Carlos Almada.

O dia 2 de novembro, no calendário católico, está reservado para a “comemoração de todos os fiéis defuntos”, celebração que remonta ao final do primeiro milénio; durante a I Guerra Mundial, o Papa Bento XV generalizou esse uso em toda a Igreja (1915).

LJ/OC

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Agência ECCLESIA

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