Madeira: Livro «Crónica das Crónicas» recorda «sonhos, angústias, serviços prestados à sociedade» dos Salesianos, em 75 anos

«O sonho de uma vida melhor foi o sonho que os Salesianos alimentaram em centenas de famílias madeirenses» – Octávio Carmo

Foto: Assembleia Legislativa da Madeira

Funchal, Madeira, 01 fev 2025 (Ecclesia) – A obra ‘Crónica das Crónicas’, da comunidade salesiana do Funchal, recorda a história de uma presença religiosa com 75 anos na ilha Madeira, evocada “como escola de futuros”.

“Só podemos evocar a história dos Salesianos na Madeira como escola de futuros. Foram os Salesianos quem trouxe novos horizontes de vida aos nossos conterrâneos”, disse o jornalista Octávio Carmo, que apresentou a nova obra, esta sexta-feira, dia 31 de janeiro, no salão nobre da Assembleia Legislativa da Madeira

O chefe de redação da Agência ECCLESIA salientou a importância destas memórias salesianas “que se transformaram em lugares da História”.

“O sonho de uma vida melhor foi o sonho que os Salesianos alimentaram em centenas de famílias madeirenses. O principal património é a obra não escrita que ficou por toda a Região. A Madeira sem a obra Salesiana seria mais frágil, menos desenvolvida, menos competente e mais pobre”, desenvolveu o jornalista Octávio Carmo, natural da ilha da Madeira.

A chegada dos Salesianos à Madeira surge de um projeto de educação integral da juventude, o sonho do padre Laurindo, pároco do Socorro, que tinha fundado a Escola de Artes e Ofícios, e que sempre mostrou muito preocupado com a pobreza que marcava a vida dos jovens de então e a sociedade madeirense, lê-se no sítio online da Assembleia Legislativa da Madeira.

Graça Alves, coordenadora do ‘Crónica das Crónicas’, explicou que a nova publicação “regista a memória e o modo como com o ideal de D. Bosco transformou a sociedade madeirense”.

A diretora do Museu de Arte Sacra do Funchal destacou que publicação desta comunidade religiosa foi “baseada nas crónicas das diversas comunidades salesianas que viveram no Funchal, desde 1950”.

“Esta Crónica resume o trabalho destes 75 anos, os sonhos e as angústias, os serviços prestados à sociedade (a paróquia de Fátima e o Lar da Paz, por exemplo), os grupos que foram surgindo, associados aos Salesianos, para dar resposta aos desafios que iam surgindo: os antigos alunos, os cooperadores salesianos, os clubes”, desenvolveu Graça Alves.

A coordenadora da ‘Crónica das Crónicas’ observou que porque se trata de “memória, reúne também o testemunho de antigos alunos que se juntam a esta comemoração, assim como as fotografias de todos os alunos que frequentam, hoje, o Colégio dos Salesianos”.

O padre José Jorge, diretor dos Salesianos no Funchal, agradeceu “a todo o povo da Madeira o acolhimento que tem sido dado” à congregação religiosa e afirmou que a Escola Salesiana de Artes e Ofícios “adaptou-se aos tempos”.

“São milhares os alunos que passaram pela nossa escola, o que muito nos honra”, acrescentou o sacerdote, sobre a instituição de ensino que tem 916 alunos e 137 educadores.

Para o presidente da Assembleia Legislativa da Madeira a apresentação da obra ‘Crónica das Crónicas’ foi uma oportunidade para “em nome pessoal, mas sobretudo em nome do povo da Madeira e do Porto Santo prestar um justo tributo à família salesiana por tudo o que fez e faz pela Educação e pelo desenvolvimento integral de gerações de madeirenses”.

“Não há palavras para traduzir a dívida de gratidão que a comunidade regional tem para convosco, para com todos os que serviram e servem nesta escola de vida, inspirada no exemplo de São João Bosco e na sua dedicação aos mais pobres e aos mais vulneráveis da sociedade”, salientou José Manuel Rodrigues.

Os Salesianos de Dom Bosco da província portuguesa têm como missão a educação, promoção e evangelização dos jovens, a educação para a fé nos meios populares, sobretudo através da comunicação social, a atividade missionária, e como carisma “ser sinais e portadores do amor de Deus aos jovens, especialmente aos mais pobres”.

CB

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