Bispo do Funchal quer movimentos juvenis unidos na construção de uma sociedade «bem melhor» do que a atual
Lisboa, 14 nov 2011 (Ecclesia) – Catorze grupos juvenis madeirenses reviveram este sábado, em Câmara de Lobos, a sua participação nas Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) realizadas em agosto, num encontro que contou com a presença do bispo do Funchal, D. António Carrilho.
Os jovens recordaram através de “vídeos, peças de teatro, músicas e fotografias” a “inesquecível viagem a Madrid, com o Papa e jovens de todo o mundo”, afirmaram os participantes entrevistados pelo Jornal da Madeira.
O bispo do Funchal sublinhou que a “alegria” vivida na iniciativa “é um grande sinal de que o espírito da JMJ não ficou esquecido, apesar de já terem passado dois meses e meio sobre o acontecimento”.
D. António Carrilho assinalou que a “comunhão” sentida no encontro deste sábado é uma “esperança” para a diocese, que pretende “unir cada vez mais os jovens dos vários grupos e movimentos, com carismas diferentes, mas de mãos dadas”, para construir uma sociedade “bem melhor” do que a atual.
“É muito diferente viver o dia a dia só na sua comunidade, grupo, paróquia ou diocese, do que ter um contacto com jovens de todo o mundo e captar uma mensagem comum”, assinalou o prelado, referindo-se à presença de 300 pessoas da diocese nas jornadas mundiais.
O responsável recordou a “Mensagem aos Jovens”, que os bispos de Portugal subscreveram na assembleia plenária que terminou esta quinta-feira, onde o episcopado analisou a participação portuguesa em Madrid e lançou perspetivas para o futuro.
O documento realça “que a festa da juventude não é apenas uma Jornada Mundial” mas um “dinamismo” que é preciso aplicar “ao longo de todo o ano”, com o objetivo de “conhecer, amar e servir Cristo na Igreja e na sociedade”, apontou D. António Carrilho.
O prelado recordou a “importância da formação e o aprofundamento da fé” indicados na mensagem, prioridade que é igualmente assumida pela nova diretora do Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil, Rafaela Abreu.
Segundo a responsável, esta sessão, que se vai repetir em 2012, traduziu “a vontade e o interesse dos jovens em continuarem na sua caminhada de fé, na sua missão de dar testemunho junto dos que não foram a Madrid, para que possam ir ao Rio de Janeiro em 2013 [próxima JMJ]”.
“Queremos também aproveitar o ânimo e a força destes jovens para que atuem nas iniciativas da pastoral juvenil e da nossa diocese em geral”, disse Rafaela Abreu, acrescentando que o seu departamento está a preparar “atividades de formação” para o encontro no Brasil.
A última Jornada Mundial da Juventude decorreu de 16 a 21 de agosto na capital espanhola, sob o tema “Enraízados e edificados em Cristo, firmes na fé”.
JM/RJM