Cerimónias decorrem sem a tradicional animação no exterior das igrejas, devido à pandemia
Funchal, Madeira, 15 dez 2021 (Ecclesia) – As comunidades da Diocese do Funchal iniciaram hoje a celebração das tradicionais ‘Missa do Parto’, na novena da preparação para o Natal, habitualmente ao final da madrugada.
O ‘Jornal da Madeira’, publicação diocesana, destaca que estas celebrações “têm caraterísticas próprias e são únicas em Portugal”.
A equipa de Coordenação Pastoral da Diocese do Funchal publicou esta segunda-feira um caderno de temas com sugestões para as homilias das Missas do Parto deste ano, a partir do plano pastoral – “Uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão – Maria pôs-se a caminho”.
“As meditações que agora são apresentadas têm por única finalidade ajudar a entrar na realidade sempre nova do amor de Deus na nossa vida, amor que é dom, encontro, caminho de fraternidade. O próximo Sínodo de 2023 lembra-nos, com o tema da sinodalidade, a condição comum do ser cristão”, lê-se na introdução do documento, divulgado pelo jornal.
D. Nuno Brás presidiu à Missa do Parto na igreja da Nazaré, no Funchal, com a presença de representantes das Forças Armadas e de Segurança.
Tal como aconteceu em 2020, as celebrações decorrem sem a tradicional animação no exterior das igrejas, devido à pandemia, o que não impediu a participação de centenas de pessoas.
“Faz parte da alma madeirense”, disse o bispo do Funchal aos jornalistas, após a celebração, que se iniciou pelas seis da manhã.
As Missas do Parto são um momento exclusivo para cantar versos populares, em honra da Virgem Maria e do Menino Jesus, alguns dos quais remontam aos primeiros povoadores do arquipélago.
Outro fenómeno que alimenta a tradição é a mesma estrutura da novena, com a invocação ao Espírito Santo, o canto da Ladainha, o retrato da Senhora e a Missa; os cânticos permanecem os mesmos de pelo menos há um século, feitos em verso.
OC
