Madeira: Bispo lembra que «confissão» deve ser celebrada com a mediação da Igreja

Celebrações comunitárias sem sacramento da Penitência não substituem absolvição sacramental, frisa D. António Carrilho na mensagem quaresmal

Funchal, 14 Mar (Ecclesia) – O bispo do Funchal, D. António Carrilho, sublinha na mensagem para a Quaresma que a confissão, nome vulgar dado ao sacramento da Penitência, deve ser celebrada com a mediação da Igreja católica.

“As celebrações comunitárias, sem Sacramento, acentuam sem dúvida o sentido eclesial da penitência e podem ajudar a criar disposições de arrependimento dos pecados e compromisso na vida nova” mas “não substituem a confissão e a absolvição sacramental”, assinala o texto, com data deste domingo, enviado à Agência ECCLESIA.

Na mensagem intitulada ‘Viver a Quaresma, preparando a Páscoa!’, o prelado salienta que “a reconciliação com Deus faz-se pela mediação da Igreja”, implicando a “renovação interior”.

Para o bispo do Funchal, a Quaresma é tempo de conversão “a uma vida nova” que passa também pela aproximação “aos irmãos”, cujas “lutas e dificuldades” podem contar com a “atenção e ajuda” dos católicos.

António Carrilho reconhece que a Quaresma não tem “a força e expressão social de outros tempos”, mas “mantém vivas no coração dos crentes certas práticas e costumes, que não deverão esquecer-se nem menosprezar, mas purificar-se e enriquecer-se do seu verdadeiro significado”.

A mensagem assinala que o percurso espiritual da Quaresma pode ser enriquecido com os textos bíblicos proclamados nas missas, além de “encontros de reflexão e oração”, a “tradicional devoção da Via-Sacra” e as “procissões dos Passos do Senhor, sempre tão participadas”.

O texto anuncia que “o destino a dar à renúncia quaresmal”, prática em que os fiéis abdicam da compra de bens que adquirem habitualmente noutras épocas do ano, reservando o dinheiro para uma finalidade especificada pelo bispo, vai ser revelado após auscultação ao conselho de representantes de padres da diocese, a 23 de Março.

O sacramento da Penitência, também chamado da Reconciliação, do Perdão e da Confissão, destina-se prioritariamente a perdoar à pessoa arrependida os desvios aos mandamentos de Deus, ao mesmo tempo que a ajuda na luta para não reincidir.

Embora seja sobretudo pessoal, em casos excepcionais admite-se a administração do sacramento com absolvição colectiva de vários penitentes sem prévia confissão pessoal.

A Quaresma, que este ano começou a 9 de Março (quarta-feira de Cinzas), é um período de 40 dias marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que servem de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário dos cristãos.

RM

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Agência ECCLESIA

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