Madeira: Bispo do Funchal celebra Eucaristia no cemitério de São Martinho, destacando impacto do encontro com Jesus ressuscitado

D. Nuno Brás assinalou a comemoração de Todos os Fiéis Defuntos

Foto: Duarte Gomes/Jornal da Madeira

Funchal, Madeira, 03 nov 2025 (Ecclesia) – O bispo do Funchal presidiu na tarde deste domingo à Eucaristia no Cemitério de Nossa Senhora das Angústias, em São Martinho, no Funchal (Madeira), centrando-se no encontro com Jesus ressuscitado.

“O encontro com Jesus não nos faz apenas procurar ser bons, portar-nos bem, sermos amigos uns dos outros. Diante de nós, o Evangelho abre um novo horizonte de vida (o horizonte da vida de Deus, da Vida Eterna); faz-nos entender a nossa vida e toda a realidade, toda a história do mundo, de um outro modo”, afirmou D. Nuno Brás, na homilia enviada à Agência ECCLESIA.

A Igreja Católica viveu este domingo a comemoração de Todos os Fiéis Defuntos, que remonta ao final do primeiro milénio: foi o abade de Cluny, Santo Odilão, quem no ano 998 determinou que em todos os mosteiros da sua Ordem se fizesse nesta data a evocação de todos os defuntos ‘desde o princípio até ao fim do mundo’.

Segundo o bispo, com Jesus ressuscitado, todos têm a “força e coragem para modificar” o modo de viver, para deixar o “egoísmo que centra tudo em cada um” e no que julgam ser o seu interesse.

“Passamos a viver com Deus que é eternidade — e, assim, deixamos de viver apenas para o hoje, o aqui e agora. Passamos a viver com Deus que tudo tem — e, assim, deixamos de viver obcecados com o ter, com a posse dos bens materiais”, referiu.

Partindo da leitura de São Paulo aos Coríntios, o bispo do Funchal realçou que “foi o encontro e a perceção da presença constante de Jesus ressuscitado ao seu lado e nele que modificaram” a vida do apóstolo.

D. Nuno Brás assinala que “Paulo não encontrou uma nova doutrina nem uma nova ideologia”, mas “um Homem, que ele julgava estar morto, que tinha sido crucificado e sepultado, mas que agora saía ao seu encontro, não como espírito ou fantasma, mas cheio da abundante vida de Deus, da vida eterna”.

De acordo com o bispo, “foi este encontro com o Senhor que lhe deu a certeza da ressurreição, a certeza do caminho para a vida com Deus para sempre: Jesus ressuscitado”.

“Foi o encontro e a presença de Jesus ressuscitado que o animaram a caminhar pelo mundo para anunciar o Evangelho, para implantar a Igreja onde quer que encontrasse corações disponíveis para acolher a Boa Notícia de que a vida tinha, definitivamente, vencido a morte”, sublinhou.

O bispo ressalta que “era urgente que todos conhecessem esta realidade de Cristo” e que esta “era uma notícia urgente que poderia mudar o modo de viver dos homens e mulheres do mundo inteiro — como, de facto, mudou!”.

No final da homilia, D. Nuno Brás indicou que, “diante da grandeza que o Ressuscitado abre para os crentes, os bens materiais, o poder, a fama e a própria vida passaram a ser coisas menores”.

“Sim, com S. Paulo, nós os crentes, podemos e devemos entender este mundo, não como uma realidade definitiva, mas como um momento passageiro da nossa existência, caminho para a vida definitiva com Deus”, evidenciou.

“Hoje, agora, vivemos exilados, longe do Senhor. Depois de passarmos pela porta da morte, viveremos na alegria que não tem fim. Teremos chegado à nossa morada, à meta da nossa existência: viver para sempre na Casa do Pai”, disse.

LJ/OC

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