D. Nuno Brás presidiu à Eucaristia que encerrou o Jubileu das Famílias, das Crianças, dos Avós e dos Idosos
Funchal, Madeira, 18 fev 2025 (Ecclesia) – O bispo do Funchal afirmou no último domingo a necessidade de “cuidar das famílias” para que se tornem “santuário de humanidade e de fé”, onde se pode tocar “felicidade verdadeira”, no encerramento do Jubileu a elas dedicado, na Calheta, na Madeira.
“Na família, aprendemos a depender saudavelmente uns dos outros. Na família, aprendemos a construir-nos ao lado dos outros e a construí-los. Na família, aprendemos a ser humanos e cristãos” e “é por isso que necessitamos tanto de cuidar das nossas famílias”, referiu D. Nuno Brás, na homilia da Eucaristia, informa o Jornal da Madeira.
O bispo do Funchal salientou que “hoje não é fácil a vida de uma família” e “talvez nunca o tenha sido”.
“E sabemos também que, neste mundo, não existem família ideais, perfeitas, completas — que, neste mundo, marcado pelo pecado, também a família é frágil e imperfeita”, ressaltou.
No entanto, “mesmo no meio de tantas dificuldades”, o bispo do Funchal destaca que é na família que se tocam momentos de felicidade que “melhor se aproximam” do “Céu”.
No Jubileu das Famílias, das Crianças, dos Avós e dos Idosos, que começou a meio da manhã, o bispo diocesano fez referência às leituras, que abordaram as “bem-aventuranças”.
Segundo D. Nuno Brás, “o pobre é aquele que, nada possuindo, se curva diante de Deus para nele encontrar a verdadeira e única riqueza da sua vida, a força e a rocha segura onde permanecer, ultrapassando a soberba e a auto-suficiência”.
“Pobre é aquele que não se apoia nos bens que possui, no poder ou na riqueza, mas que confia em Deus”, realçou.
A Eucaristia, em que se rezou pela saúde do Papa e por D. Rui Gouveia, de São Jorge, que na mesma altura estava a ser ordenado bispo, foi animada liturgicamente pelo Grupo Coral do Arco da Calheta, vários casais que celebram datas jubilares, renovaram os votos matrimoniais.
Centenas de famílias, crianças, avós e idosos participaram no jubileu, que decorreu entre a marginal e a marina da Calheta, e que incluiu uma série de atividades entre jogos, atuações musicais de vários grupos e abrigos onde os movimentos ligados à família se davam a conhecer.
O Ano Santo 2025, o 27.º jubileu ordinário da história da Igreja, com o tema ‘Peregrinos de Esperança’, foi proclamado pelo Papa Francisco na bula intitulada ‘Spes non confundit’ (A esperança não engana) e teve início no dia 24 de dezembro de 2024, com a abertura da Porta Santa na Basílica de São Pedro, e termina no dia 6 de janeiro de 2026.
O Papa Bonifácio VIII instituiu, em 1300, o primeiro Ano Santo – com recorrência centenária, passando depois, segundo o modelo bíblico, a cinquentenária e finalmente fixado de 25 em 25 anos.
LJ/OC