Macau também se preparou para o II Concílio do Vaticano

Após a convocação do II Concílio do Vaticano (25 de janeiro de 1959), o bispo de Macau, D. Paulo José Tavares, escreveu uma carta pastoral onde refere que este “será ótima ocasião de renovação espiritual e de rejuvenescimento de formas e métodos de apostolado”.

Após a convocação do II Concílio do Vaticano (25 de janeiro de 1959), o bispo de Macau, D. Paulo José Tavares, escreveu uma carta pastoral onde refere que este “será ótima ocasião de renovação espiritual e de rejuvenescimento de formas e métodos de apostolado”.

No documento aos diocesanos do Oriente, o prelado sublinha que o fim principal do Concílio, no pensamento de João XXIII, “deve ser uma maior e mais vasta floração de santidade no clero e no povo cristão”. Perante o “grave estado de indigência espiritual do mundo”, impõe-se dar alma “ao nosso século, cujas descobertas maravilhosas não são acompanhadas de igual progresso moral e religioso, que delas tire benefício e não ruína para a humanidade”, lê-se na carta de D. Paulo José Tavares transcrita pelo Boletim de Informação Pastoral (BIP) Nº 16, página 10.

Assinado a 7 de março de 1962, a Carta Pastoral do bispo de Macau salienta que enquanto as comissões competentes continuam a sua “importante e dura tarefa de preparar os assuntos a tratar”, o povo cristão é chamado “com a oração e com o sacrifício a fazer descer sobre os trabalhos do Concílio as mais copiosas bênçãos”. Assim, as Igrejas “docente e discente”, unidas na mesma fé, esperança e caridade, hão de “oferecer mais uma vez aos nossos irmãos separados e ao mundo inteiro a imagem viva da verdadeira Igreja de Cristo” (Cf. BIP citado anteriormente).

No ano em que se inicia o II Concílio do Vaticano (outubro de 1962), D. Paulo José Tavares apela à intensificação da atividade missionária nas paróquias e nas escolas, “trabalhando mais em profundidade no ministério da palavra e no ensino da doutrina cristã”. Para que os desejos do prelado de Macau sejam “eficazes e portadores de nova primavera missionária” para a diocese, este lança algumas iniciativas, em ordem a uma melhor concretização.

“Construir as novas igrejas da Missão de Fátima e de São Francisco Xavier, em Coloane” e “intensificar a vida paroquial segundo os princípios da moderna sociologia religiosa, com a organização do «status animarum» (rol das almas), de catecumenados e de centros operosos de assistência social” foram duas propostas lançadas através da carta pastoral.

A oração do terço nas igrejas e nas famílias pelas intenções de João XXIII e, nas escolas, nas aulas de religião, “dar algumas lições sobre os concílios ecuménicos e o que eles representaram para a vida da Igreja” (Cf. BIP). “Fomentar as vocações religiosas e sacerdotais, por meio de cursos, semanas de estudo e conferências organizadas para esse fim” foi outro apelo deixado por D. Paulo José Tavares.

Por fim, o prelado pede para que a carta pastoral seja lida em todas as paróquias e igrejas da diocese de Macau e “que dela se faça a tradução em língua chinesa” e finaliza: “Demos a Macau um volto vulto, neste ano jubilar do Concílio Vaticano II”.

LFS

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