O Movimento de Defesa da Vida (MDV) junta, desde ontem, responsáveis políticos e especialistas em assuntos da família para o Congresso “Que futuro para a família? Novas respostas para novas exigências”, no 10º Aniversário do Ano Internacional da Família. No primeiro dia de trabalhos, a ministra da Educação, Maria do Carmo Seabra, considerou que o Estado deve “mudar de mentalidade” na discussão do futuro da família, considerando, por exemplo, que os requerimentos no seu ministério nem sempre são bem atendidos porque há a ideia, preconcebida, de que “os pais não têm razão”. Falando sobre “a relação Família-Estado na promoção do desenvolvimento social”, o ministro da Segurança Social, da Família e da Criança, Fernando Negrão, apontou diversos desafios que se colocam à família, nomeadamente “o crescimento demográfico, o apoio contínuo e políticas que visem a qualidade da inserção das crianças e idosos nas famílias”. Fernando Negrão defendeu ainda “medidas fiscais protectoras” para as famílias. A Coordenadora Nacional para os Assuntos da Família, Margarida Gonçalves Neto, apontou a “curta duração dos casamentos” como um dos problemas actuais das famílias. O presidente do Instituto de Ciências da Família da Universidade Católica Portuguesa, o Pe. Duarte da Cunha, falou da família “como referência humana”, defendendo o modelo familiar tradicional. “Um pai e uma mãe é melhor”, assegurou. O congresso organizado pelo MDV prolonga-se até ao próximo dia 14. Apoiado e patrocinado pela Câmara Municipal de Lisboa, o evento tem lugar no Fórum Lisboa. A iniciativa tem como objectivo “reflectir sobre os novos desafios colocados à família”, possibilitando a intervenção de especialistas de diferentes matérias relacionadas com a família e de diferentes países, nomeadamente EUA e Espanha.