Luxemburgo: Bispo do Funchal convidou a levar Jesus «ao coração daqueles que ainda não o conhecem»

D. Nuno Brás explicou o que significa «ser testemunha de Jesus ressuscitado» através da geologia, do desporto, na administração e no tribunal

Foto: D.R

Cidade do Luxemburgo, 03 jun 2025 (Ecclesia) – O bispo do Funchal destacou “a necessidade” de levar Jesus “ao coração daqueles que ainda não O conhecem”, na homilia da procissão de Nossa Senhora de Fátima, em Wiltz, no norte do Luxemburgo, realizada na quinta-feira da Ascensão.

“Significa, para nós hoje, que aqui nos reunimos a celebrar a Ascensão do Senhor, a necessidade de O levar ao coração daqueles que ainda hoje não O conhecem — seja porque ninguém lhes falou de Jesus (e penso em tantos migrantes que hoje batem às portas da Europa, sem nunca terem escutado o nome do Senhor), seja porque, apesar de viverem na Europa e até de, em crianças, terem frequentado a catequese ou as aulas de religião, de facto se afastaram de Jesus e vivem hoje como se Ele não estivesse presente, connosco, ressuscitado!”, disse D. Nuno Brás, na homilia publicada  no ‘Jornal da Madeira’, da Diocese do Funchal.

Na Quinta-feira da Ascensão, este ano no dia 29 de maio, realiza-se a procissão de Nossa Senhora de Fátima, em Wiltz, no norte do Luxemburgo, ao Santuário de ‘Op Bässent’; a Eucaristia campal foi presidida pelo arcebispo do Luxemburgo, o cardeal Jean-Claude Hollerich, enquanto a homilia foi proferida pelo bispo do Funchal.

A partir do Evangelho do dia da Ascensão, D. Nuno Brás explicou que podiam dizer que se encontravam “perante dois confins”, “o temporal (‘até ao fim dos tempos’) e o espacial (‘até aos confins da terra’)”,

“Para essa missão, contamos com a força do Espírito Santo que o Senhor nos dá. É o Espírito Santo que transforma o nosso olhar, que o purifica da visão distorcida que o pecado nos impõe, e que nos permite perceber a presença do Ressuscitado ao nosso lado, no meio das nossas comunidades, da nossa família, no exercício da nossa profissão e mesmo dos nossos tempos de lazer. Sim: o Espírito Santo é o Espírito de Jesus ressuscitado. Ao acolhê-lo, acolhemos de verdade o amor de Jesus que nos permite olhar, escutar, falar, amar de modo diferente”.

O bispo do Funchal assinalou que depois da ressurreição, Jesus apareceu aos discípulos e, durante 40 dias, “ensinou-lhes a viver como cristãos com a sua Presença ressuscitada”, que era um outro modo de estar no meio deles, e que “era o modo como haviam de viver, eles e todos os outros cristãos, até ao final dos tempos”.

Na homilia da Solenidade da Ascensão do Senhor, na Nossa Senhora de Fátima em Wiltz, o bispo do Funchal explicou também o que significa “ser testemunha de Jesus ressuscitado”, através da geologia, no desporto, na administração e no tribunal.

“Como na geologia, somos testemunhas de Jesus porque somos parte dos seus discípulos, membros da sua Igreja santa e feita de pecadores, que caminha em direção ao Céu. Como na corrida de estafetas, somos testemunhas porque queremos entregar às gerações que vêm depois de nós a felicidade da fé, a felicidade de vivermos com Jesus, de contarmos com Ele em cada momento da nossa vida”, indicou D. Nuno Almeida.

“Como sucede na administração, também nós atestamos que Cristo está no meio de nós, na nossa vida. Como no tribunal, somos testemunhas porque, como os mártires dos primeiros tempos e dos nossos dias, também nós atestamos diante dos que não têm fé (poderosos ou simples seres humanos) e também diante daqueles que vivem a fé — porque também cada um de nós precisa de testemunhas, tão grande é a graça de viver com o Senhor — também nós atestamos, por palavras e obras, a verdade da fé que recebemos dos Apóstolos”, desenvolveu.

A Diocese portuguesa do Funchal informa que concelebraram na Missa o vigário-geral da Diocese do Luxemburgo, monsenhor Patrick Muller, o vice-reitor do Grande Seminário, o padre Yves Olinger, e os padres Sérgio Mendes, Rui Pedro e André, que assistem pastoralmente a Comunidade Portuguesa no Grão-ducado, e ainda o pároco de Wooltz Saints-Pierre-et-Paul.

A Eucaristia foi animada por um coro com elementos de várias comunidades portuguesas no Luxemburgo, sob a direção de José Paulo Peixoto, no santuário ‘Op Bassent’.

CB/OC

 

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