Luta pela vida não acabou

Bispo emérito de Leiria-Fátima deixa desafios no dia do 2º aniversário da morte da Irmã Lúcia O Bispo emérito de Leiria-Fátima, D. Serafim Ferreira e Silva, disse esta manhã que o resultado do último referendo ao aborto não significa o fim da luta em favor da vida humana. “Não há perdedores nem vencedores, nem acabou a luta”, referiu, na celebração eucarística da Peregrinação Mensal de Fevereiro no Santuário, exactamente dois anos depois da morte da Irmã Lúcia. “Somos pela vida, somos tolerantes, mas queremos lutar pela vida”, acrescentou, destacando a “grandeza, a obrigatoriedade da lei natural, da lei de Deus”. Nesse sentido, o prelado defendeu que “uma legislação pode não ser humana, no seu aspecto ético, por não estar em comunhão com Deus”. D. Serafim Ferreira e Silva saudou os movimentos que se comprometem “em favor da vida”, em comunhão com a Igreja. “Vamos optar pela vida, vamos evitar becos sem saída”, pediu. Nesta Peregrinação, a vigília da noite do dia 12 centrou-se no tema da misericórdia e do perdão, promovida pela Conferência dos Institutos Religiosos Regional de Leiria-Fátima. O Bispo emérito da Diocese pediu, citando Bento XVI, que nunca se esgote o esforço de “compreender, tolerar e perdoar”. Quanto à celebração dos 90 anos das Aparições, D. Serafim destacou o percurso de “maturidade” do acontecimento de Fátima, que ainda “não se esgotou”. Lúcia de Jesus A principal protagonista das Aparições nasceu em 22 de Março de 1907, em Aljustrel, paróquia de Fátima, e faleceu no dia 13 de Fevereiro de 2005. Em 17 de Junho de 1921, ingressou no Asilo de Vilar (Porto), dirigido pelas religiosas de Santa Doroteia. Depois foi para Tuy, onde tomou o hábito, com o nome de Maria Lúcia das Dores. Fez a profissão religiosa de votos temporários em 3 de Outubro de 1928 e, em 3 de Outubro de 1934, a de votos perpétuos. No dia 25 de Março de 1948, transferiu-se para Coimbra, onde ingressou no Carmelo de Santa Teresa, tomando o nome de Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado. No dia 31 de Maio de 1949, fez a sua profissão de votos solenes. A Irmã Lúcia veio a Fátima várias vezes: em 22 de Maio de 1946; em 13 de Maio de 1967; em 1981, para dirigir, no Carmelo, um trabalho pictórico sobre as Aparições; em 13 de Maio de 1982, 13 de Maio de 1991 e 13 de Maio de 2000. Faleceu a 13 de Fevereiro de 2005 no Convento das Irmãs Carmelitas, em Coimbra. A 19 de Fevereiro de 2006, o corpo da vidente foi trasladado para o Santuário de Fátima, tendo ficado tumulado na Basílica, ao lado do túmulo da sua prima a Beata Jacinta Marto. Esta tarde, pelas 17h30, celebrar-se-á na Igreja do Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, uma outra Eucaristia em Memória da Irmã Lúcia. Presidirá à celebração o Padre Pedro Ferreira, Provincial da Ordem Carmelita.

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