Responsáveis vão promover recolha de bens, para responder a situações de «fome» e doenças
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Lisboa, 27 mar 2023 (Ecclesia) – Lívio de Morais, representante da comunidade moçambicana em Portugal, alertou para a “devastação” provocada pela passagem do ciclone Freddy no país africano.
“Foi uma devastação completa”, disse hoje à Agência ECCLESIA, assumindo situações de “fome”.
O ciclone Freddy afetou a Zambézia, em Moçambique, tendo deixado a capital da província, Quelimane, fortemente destruída e vitimado mais de 165 pessoas.
A catástrofe natural deu ainda origem a um surto de cólera e de malária.
“A população estava informada, simplesmente ficaram à espera do que ia acontecer, porque não tinham meios”, assume Lívio de Morais, destacando os pedidos de ajuda internacional para uma região que ficou sem água potável e desalojada.
O responsável dá como exemplo da destruição a Catedral de Nossa Senhora do Livramento, “completamente alagada”.
A líder associativa Evelize Ferreira e o escultor Lívio de Morais, representantes da comunidade moçambicana, estão a promover uma recolha de bens para as vítimas, com a ajuda do cónego José Manuel Ferreira, pároco de Santa Maria de Belém e São Francisco Xavier, no Patriarcado de Lisboa.
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“Há pessoas que não têm nada”, insiste.
Lívio de Morais assume a intenção de “levar pessoalmente” os donativos, num contentor, para evitar mais demoras e acompanhar os bens, como cobertores, roupa e alimentos não-perecíveis.
Os interessados em ajudar podem enviar um email
Em Moçambique, o ciclone Freddy teve o seu primeiro impacto a 24 de fevereiro e voltou a tocar terra entre 7 e 10 de março.
PR/OC
Moçambique: Bispos alertam para cenário de destruição em Quelimane