Lugar dos Santuários em debate

II Encontro de Reitores de Santuários de Portugal, em Fátima, procura interacção com a acção das paróquias A Igreja está a despertar para as potencialidades que os espaços dos Santuários apresentam às pessoas. Reconhecendo que muitos dos que visitam estes espaços não frequentam as comunidades paroquiais, há que reflectir sobre como dinamizar os Santuários, chamando para o compromisso paroquial. Para este efeito estão reunidos em Fátima, os reitores dos Santuários de Portugal, no II encontro sob o tema “Santuários e Peregrinações – Linhas de Bases para uma pastoral dos Santuários. O Pe. José Melo, Comissão Organizadora do Encontro explica à Agência ECCLESIA que a mensagem dos Santuários não é nova, “longa é já sua história”. O Santuário quer pelo lugar onde está ou pelo tipo de envolvência e força espiritual que ai se desenvolve por detrás da mensagem do Santuário produz uma atracção. Pelo acolhimento, os Santuários são locais onde “as pessoas fazem uma actualização do amor de Deus”. Nos Santuários “as pessoas têm um encontro com Deus, fazendo destes locais um lugar de evangelização actual. É um facto que muitos que chegam ao Santuário “estão na periferia ou até fora da sua vivência comunitária”. Daí que o desafio seja no sentido de “apelar a um compromisso mais regular e activo nas comunidades”. No entanto, o Pe. José Melo reconhece que “há santuários e santuários”, ou seja, alguns que funcionam duas ou três vezes por ano, através de peregrinações, “alguns que são pequenas ermidas” e outros que têm uma pastoral regular e com uma força de espiritualidade sacramental muito forte. Os Santuários podem cada vez mais ser “lugares de evangelização, lugares catequéticos e formativos”. O que se desenvolve em Fátima, “é um bom exemplo desse trabalho”, aponta o membro da Comissão Organizadora. Actualmente, a Igreja deve “aproveitar ao máximo as forças vivas das pessoas”, e as peregrinações, como momentos vivos, “devem ser aproveitados, sendo depois mais fácil integrar essa realidade num compromisso e numa pastoral mais real”, afirma o Pe. José Melo. Tanto o I Encontro, decorrido há um ano, como este que decorre até amanhã, dia 15, “são apenas o início de um caminho”. A pastoral dos Santuários “envolve muitos temas”, aponta o Pe. José Melo e cada um deles “daria para um encontro”. Este II Encontro serve para reflectir “sobre as bases da pastoral”. Sem perspectivar conclusões, o Pe. José Melo adianta apenas “a vontade de encontro e de continuar a cimentar esta rede de santuários”. A forma, “não sabemos ainda”.

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