Recuperação do espaço, que vai ser inaugurado no dia 14 de fevereiro, é um legado da JMJ Lisboa 2023
Lisboa, 19 dez 2024 (Ecclesia) – O coordenador-geral da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 afirmou hoje, na visita ao trabalho de construção do Parque Papa Francisco, em Loures, que os parques verdes são o “maior legado” da jornada que decorreu em Lisboa, em 2023.
“Um legado da jornada são estes parques”, afirmou D. Américo Aguiar, sublinhando o pioneirismo da realização em Lisboa da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) na utilização dos espaços, nomeadamente onde decorreram os eventos centrais.
O agora bispo de Setúbal recordou a visita ao local, em maio de 2019, como um sítio possível para a realização dos eventos centrais da JMJ, considerando, na altura, “um espaço pouco recomendável”, valorizando agora o facto de se ter transformado um espaço que estava cheio de contentores primeiro para receber os peregrinos da jornada e depois num “parque de lazer”, concretizando uma desejada transformação da zona ribeirinha do concelho de Loures.
“Significa uma reconciliação da população com a zona ribeirinha, que não acontecia há tantas décadas. E isso também significa a árvore, a tília, o amor e a paz”, afirmou.
Durante a visita ao futuro Parque Papa Francisco, promovida pelo coordenador do Grupo de Projeto para a Jornada Mundial da Juventude, José Sá Fernandes, e o presidente da Câmara de Loures, Ricardo Leão, foi plantada uma tília cordata, uma árvore que, crescendo, faz uma copa em formato de coração, “símbolo do amor e da paz”, como foi referido na ocasião.
Sobre o nome Parque Papa Francisco, D. Américo Aguiar disse que era uma “generosidade e bondade” do presidente da Câmara de Loures, manifestando a felicidade por testemunhar a realização da JMJ em Lisboa.
“Se não fosse a coragem e a decisão do Papa Francisco em escolher Portugal, não estávamos aqui; e, a seguir, confiar a Lisboa a concretização da jornada; e depois, aquele ‘ar de loucura’ de virmos aqui, em meados de 2019, e dizer ‘vai ser aqui’”, afirmou.
Para o presidente da Câmara Municipal de Loures, “era impossível” transformar o espaço que estava com “seis e sete andares” de contentores em parque verde se os eventos centrais da JMJ não tivessem decorrido na zona ribeirinha do Tejo.
Com uma área de 35 hectares, o Parque Papa Francisco vai ser inaugurado no dia 14 de fevereiro, após a transformação do espaço com um investimento do governo e coordenação do Grupo de Projeto para a Jornada Mundial da Juventude; após a conclusão da obra, a Câmara Municipal de Loures vai equipar o lugar com espaços para restauração, parques infantis, parques caninos, equipamentos desportivos e zonas para a realização de eventos.
Na visita às obras, Ricardo Leão disse que, em junho de 2025, vai decorrer um encontro de motards da região de Lisboa no parque, assim como um concerto de música, com um parceiro internacional.
O presidente da Câmara Municipal de Loures acrescentou também que está a ser planeado o prolongamento da travessia pedonal sobre a linha de caminho de ferro até ao Parque Papa Francisco, assim como sobre o IC2, ligando com o passadiço junto ao Tejo.
A Jornada Mundial da Juventude decorreu em Lisboa, entre os dias 1 e 6 de agosto, e reuniu mais de um milhão e meio de jovens de todo o mundo, num encontro com o Papa Francisco.
PR