As mudanças laborais que os portugueses, inseridos em contexto europeu enfrentam, estão a alterar modos de vida, valores sociais e direitos outrora adquiridos. Reunidos em Fórum Nacional, a Liga Operária Católica – Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC) reflectiu este fim de semana sobre “Trabalho e Família, Valorização de Vida”. O modo de organização da sociedade “não valoriza a família”, especificam no comunicado final enviado à Agência ECCLESIA. Mudanças que criam impactos na estrutura familiar e se sentem na “falta de tempo disponível para estar em família”, no “na intensificação dos ritmos de trabalho e no cansaço”. “A crescente flexibilidade e desregulamentação na Europa provoca salários mais baixos e piores condições de trabalho”, frisa o comunicado. As famílias “necessitam de um suporte económico da sociedade e do Estado para proporcionar uma melhor qualidade de vida aos filhos”, sendo que o género feminino vive condicionalismos que as leva a “acumular o trabalho profissional com as tarefas domésticas”. “As políticas de incentivo à criação de emprego e à formação profissional não têm apresentado resultados significativos na resolução do problema do desemprego”. Da reflexão, os participantes foram desafiados, enquanto “agentes de acção transformadora” a desenvolver o “exercício da cidadania e defender a dignidade e o valor da pessoa humana”. A aposta deve passar pelos valores familiares, “sendo muito importante intensificar a pedagogia do testemunho de vida”. A LOC/MTC aponta que “as qualificações profissionais de devem ajustar às necessidades do mercado do trabalho”, que o próprio mercado deve fomentar o “empreendedorismo social” e incentivar a criação de “redes locais ou comunitárias para o emprego e a qualificação das pessoas”. Notícias relacionadas Conclusões do Fórum Nacional da LOC/MTC