LOC/MTC: Trabalhadores Cristãos da Arquidiocese de Braga assumem como «prioridades» dignificação do trabalho e «cuidar da Casa Comum»

D. José Cordeiro incentivou Liga Operária Católica ao testemunho e à ação

Braga, 24 out 2022 (Ecclesia) – A Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC) da Arquidiocese de Braga definiu como “prioridades” para o ano pastoral 2022/2023 a dignificação do trabalho, “cuidar da Casa Comum” e “expandir e rejuvenescer o movimento”.

“Acreditamos ser possível conciliar o trabalho com a vida familiar; felicitamos o esforço de algumas empresas neste sentido, bem como aquelas que reservam o domingo para a família, para tomar as refeições em conjunto, passear, visitar os doentes, celebrar a fé. Há trabalhos ao domingo que são dispensáveis”, lê-se nas conclusões da Assembleia Diocesana da LOC/MTC de Braga, realizada este sábado no Centro Cultural e Pastoral da arquidiocese minhota.

Na informação enviada hoje à Agência ECCLESIA, o movimento de ação católica afirma que os trabalhadores, a população ativa que trabalha por conta de outrem, passaram “a ter medo de falar do trabalho”, das relações interpessoais e das “injustiças” que acontecem dentro das novas estruturas, “construídas sem janelas, com luz artificial e ar mecanizado”.

A Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos recorda que a Igreja Católica está em Sínodo, que convocou a “caminhar juntos”, mas o mundo do trabalho e empresarial “não tem correspondido”, as questões do trabalho e da família “têm sido sistematicamente esquecidos”.

Os trabalhadores cristãos na Arquidiocese de Braga querem também incentivar a “novas políticas de habitação a preços suportáveis”, para famílias pobres e estudantes do Ensino Superior, que permita ter “um teto confortável e dignificado com a intimidade devida”.

Na Assembleia Diocesana ‘Dignificar o Trabalho, Cuidar da Casa Comum’ foram aprovados os relatórios de atividades e as contas de 2021/2022, bem como o calendário de atividades e respetivo orçamento para o novo ano 2022/2023; do plano de ação foram determinadas três prioridades: Dignificar o trabalho, combater a precariedade e os acidentes laborais; Cuidar da Casa Comum: – ‘Onde há amor aí habita Deus. Uma Igreja sinodal e samaritana’; Expandir e rejuvenescer o movimento, com revisão de vida para todos.

Segundo a Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC) da Arquidiocese de Braga vive-se numa sociedade “cada vez mais individualista, que procura isolar a pessoa humana”, tornando-a num produto pensado apenas para consumir e deitar fora, e esta conceção “retira capacidade às pessoas e perda de valores”, como “a solidariedade, curiosidade”.

“Somos dos que se interessam, militantes, dos que procuram, escutam, atentos aos pormenores e se entregam para alimentar novos sinais de esperança; Somos um movimento de Ação Católica, que acredita, desde as suas origens, que são os trabalhadores ‘os protagonistas da sua própria libertação’”, desenvolvem.

O arcebispo de Braga presidiu e orientou os trabalhos da primeira parte da assembleia da LOC/MTC, dedicada à formação, e destacou quatro pontos na sua intervenção: “A dignidade; o bem-comum; a subsidiariedade e a caridade cristã”.

D. José Cordeiro que incentivou os trabalhadores cristãos da Arquidiocese de Braga ao testemunho e à ação, referindo que “não é tarefa fácil” dignificar o trabalho, cuidar da casa comum, referindo que este é um tempo de “poucos a convencer muitos” e têm de estar convencidos, para convencer.

Nesta assembleia foi aprovada a proposta da equipa diocesana, que confirmou como coordenador diocesano Albano Cruz, do grupo de Vila Nova de Sande (Guimarães), e como vice-coordenadora Firmina Moreira, do grupo de Antas (Vila Nova de Famalicão), para concluir o mandato em curso de 2021/2024.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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