O convívio diocesano da Liga Operária Católica / Movimento de Trabalhadores Cristãos no Porto encerrou, no passado fim de semana, um ano cheio de actividades que este movimento católico desenvolveu no ano pastoral que agora caminha para o final. Um ano que a LOC/MTC diocesana acompanhou atentamente e reflectiu, em especial, no Congresso nacional que o movimento organizou em Junho passado, lançando pistas de acção para o próximo triénio. Joaquim Silva Ribeiro, coordenador diocesano da LOC/MTC no Porto dá conta à Agência ECCLESIA de um ano “muito positivo”, que com base nas pistas reflectidas a nível nacional, “serão trabalhadas nas dioceses com o objectivo de as implementar nas suas zonas de acção”. O Congresso foi “de encontro às expectativas que tínhamos”, resultando daqui um Plano de Acção que dá prioridade à família e ao futuro do trabalho “que acarreta consequências, tendo em conta o quadro de desemprego e precariedade laboral que o nosso país atravessa”. O Porto não foge à realidade nacional. O coordenador diocesano destaca as zonas do Vale do Ave e de São João da Madeira como áreas muito afectadas com dificuldades. “Ninguém hoje está seguro no seu emprego. Não temos uma família estável, não há emprego estável, hoje nada é estável”, sublinha, acrescentando ainda “o quadro de reduções salariais a que assistimos”. Neste sentido, as pistas saídas do Congresso “são muito importantes” e serão desenvolvidas num contexto real dos trabalhadores católicos. Recorde-se que o Plano de Acção 2007 – 2010, traçado no Congresso Nacional em Junho, desafiava a LOC/MTC a estar presente na sociedade e na Igreja, elegendo a família, o trabalho, a saúde e a segurança social como campos de trabalho essenciais. Enquanto pessoas de fé “e militantes cristãos, acreditamos que a nossa acção não pode deixar de ser realizada e vamos fazê-la no nosso meio”. Adaptadas ao Norte do país “a nossa reflexão será feita e vai aparecer ao longo do desenvolvimento do nosso trabalho”. Recorde-se que a LOC/MTC é um movimento especializado da Acção Católica que, pela vivência e pelo seu testemunho da mensagem cristã, no seio dos trabalhadores, se situa na dinâmica da vida operária, promovendo uma caminhada solidária dos trabalhadores que buscam a justiça e a sua promoção colectiva. É um espaço de reflexão que permite aos seus militantes partilhar e aprofundar a sua fé cristã em ligação com os seus compromissos no mundo do trabalho.