D. José Cordeiro afirma que o lugar da celebração «é muito mais do que um edifício» e apontou para uma «beleza que transcende a estética»

Fátima, 07 nov 2025 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal Liturgia e Espiritualidade afirmou hoje, em Fátima, que a igreja «é muito mais do que um edifício» e denunciou o “analfabetismo litúrgico” na construção de novas igrejas.
“Na verdade, o analfabetismo litúrgico entre muitos artistas escolhidos para construir igrejas é um problema vigente”, afirmou D. José Cordeiro, II Jornadas Nacionais de Arquitetura e Artes para a Liturgia.
Na intervenção na sessão de abertura da ‘Formação em arquitetura e artes para a Liturgia’, promovida Serviço de Arquitetura e Artes do Secretariado Nacional de Liturgia, o arcebispo de Braga expressou o desejo de uma “beleza que transcende a estética”, lembrando que a os lugares da celebração são “lugares de presença”
“O lugar da celebração (igreja) é muito mais do que um edifício, é a casa para a assembleia do povo de Deus (domus ecclesiae = casa da Igreja). Não se trata de mobiliário e decoração nos espaços celebrativos. Trata-se de lugares da Liturgia, ou melhor de lugares da presença”, afirmou.
D. José Cordeiro lembrou que uma igreja “deve começar a ser projetada” pelo altar, “à volta do qual se congrega a comunidade pascal”, revestindo-se “da beleza, da verdade e do bem”.
“A qualidade e a beleza da evangelização e celebração litúrgica, da arquitetura, das artes, nomeadamente, a escultura, a pintura, os vitrais, a ourivesaria, os mármores, as pedras, os tecidos, os sinos, o canto, a música, a oração, o silêncio, a cultura e a caridade pastoral são eloquentes e comprometem todo o Povo Santo de Deus”, sublinhou o presidente da Comissão Episcopal Liturgia e Espiritualidade.
A ‘Formação em Arquitetura e Artes para a Liturgia: fundamentos’, é o tema II Jornada Nacional de Arquitetura e Artes para a Liturgia, hoje e sábado, dias 7 e 8 de novembro, na Domus Carmeli, dos Carmelitas Descalços, em Fátima.
PR


