Lisboa: «Sol sem Fronteiras» organiza formação de Educação para a Cidadania no Voluntariado Internacional

Participantes integraram, no último fim de semana, atividades práticas e teóricas, conhecendo os direitos e os deveres dos voluntários e refletindo sobre o mundo atual e desigualdades

Lisboa, 28 jun 2024 (Ecclesia) – A Sol Sem Fronteiras (Solsef), Organização Não Governamental para o Desenvolvimento ligada aos Missionários Espiritanos, realizou no fim de semana passado, em Lisboa, uma formação de Educação para a Cidadania no Voluntariado Internacional, com atividades práticas e teóricas.

Esta edição contou com 20 formandos do projeto de voluntariado Missão Cor Unum, que parte para a Guiné-Bissau, em agosto, e jovens do clube de voluntariado Missão Servir, da Escola Secundária de Peniche.

A formadora Catarina António, gestora de projetos da Fundação Fé e Cooperação, desenvolveu diversas atividades no sentido “dotar os participantes de conhecimentos necessários para a adoção de práticas adequadas à cidadania responsável, especialmente em contextos de voluntariado internacional”.

Aprender o que é o voluntariado e os direitos e os deveres dos voluntários, bem como refletir sobre o mundo global e as desigualdades que existem foram pontos abordados na formação, em que a formadora utilizou metodologias interativas e participativas, com ênfase em dinâmicas de grupos e discussões.

“Assim, essas abordagens visaram estimular a reflexão crítica e o desenvolvimento de competências essenciais para o voluntariado”, explica a organização.

Entre os temas em cima da mesa estiveram os Direitos da Humanidade, com destaque para os direitos, liberdades e garantias fundamentais, tendo os formandos debatido a importância de os reconhecer e respeitar em todas as ações de voluntariado.

A Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas – plano de ação global dotado pelas Nações Unidas para promover a prosperidade e a paz, ao mesmo tempo que protege o planeta – e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) também estiveram no centro da formação.

A erradicação da pobreza e a educação de qualidade foram objetivos visados, que a Sol Sem Fronteiras considera que fornecem uma “visão comum para a humanidade e são fundamentais para guiar as ações de voluntariado”.

Desta forma, Catarina António analisou cada um dos objetivos e como é que podem ser integrados no trabalho de voluntariado.

Os participantes aprenderam ainda sobre a cidadania global e o impacto que tem no desenvolvimento humano, discutindo mecanismos e comportamentos que promovem uma cidadania responsável e ativa.

“A cidadania global é essencial para reconhecermos que somos parte de uma comunidade global, com responsabilidades que transcendem as fronteiras nacionais. Assim, promover a cidadania global no voluntariado envolve incentivar ações que contribuam para a justiça social, a sustentabilidade ambiental e a paz. Neste contexto, os formandos realizaram diferentes práticas para aprender a integrar esses valores nas suas atividades diárias de voluntariado”, explica a Solsef.

Além das diferenças entre o voluntariado nacional e internacional, os formandos “aprenderam quais são os direitos dos voluntários, que incluem o direito a um ambiente seguro, apoio adequado e reconhecimento pelo seu trabalho”.

Também os deveres dos voluntários foram visados na formação, abrangendo a responsabilidade de respeitar a comunidade local e representar bem a organização de voluntariado.

Depois da formação, a Sol Sem Fronteiras espera que os formandos “adotem práticas mais conscientes e responsáveis, promovendo a cidadania global em todas as suas ações diárias enquanto voluntários”.

A organização destaca que os participantes “expressaram satisfação com a formação, destacando os conhecimentos adquiridos e a preparação para enfrentar os desafios do voluntariado, particularmente do internacional”.

A formação, de 19 horas, contou com o apoio do Instituto Português do Desporto e Juventude através do programa Formar+, que tem finalidade capacitar jovens para o voluntariado e a cidadania ativa.

Nascida em 1993, a Sol sem Fronteiras é uma associação de inspiração cristã, com início no movimento juvenil católico Jovens Sem Fronteiras, graças ao impulso dos Missionários do Espírito Santo, e que aposta em “projetos relevantes” e promove a solidariedade.

LJ/OC

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Agência ECCLESIA

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