Lisboa: Sínodo diocesano é oportunidade de renovação pastoral e missionária

D. Manuel Clemente sublinha a necessidade de uma Igreja Católica capaz de intervir «nos vários patamares da sociabilidade humana»

Lisboa, 23 jan 2014 (Ecclesia) – O Patriarca de Lisboa espera que o Sínodo diocesano convocado para 2016 seja uma oportunidade de renovação pastoral e missionária para a Igreja Católica local, chamada a ser motor de transformação da sociedade.

“E há tanto para mudar no mundo, nos vários patamares da sociabilidade humana, das famílias às comunidades, da vida pessoal à vida pública, do que se passa fronteiras adentro ao que se passa nas relações internacionais… Do que se passa e do que ainda não passa e devia passar, em termos de solidariedade concreta e humanidade compartilhada”, realçou D. Manuel Clemente, durante a missa que assinalou a festa litúrgica de São Vicente, padroeiro da diocese, esta quarta-feira.

O Sínodo vai coincidir com o tricentenário do Patriarcado de Lisboa, que se assinala em novembro de 2016.

Na homilia da Eucaristia, publicada hoje na página do Patriarcado na internet, D. Manuel Clemente incentivou as comunidades a começarem “desde já” a sua caminhada sinodal e recordou o desafio lançado pelo Papa através da exortação apostólica ‘Evangellii Gaudium’ (A alegria do Evangelho).

No documento, Francisco apela a “todas as comunidades” para que “se esforcem por usar os meios necessários para avançar no caminho de uma conversão pastoral e missionária, que não pode deixar as coisas como estão”.

Para o Patriarca de Lisboa, é “como se o Papa dissesse que, se os cristãos querem mudar o mundo, têm de começar por si próprios, pela Igreja de Cristo, retomando e aprofundando a sua atitude essencial de Filho de Deus e irmão universal, tão profundamente orante e tão ativamente evangélico”.

D. Manuel Clemente propõe ainda às pessoas que busquem inspiração e força no exemplo de São Vicente, cujos restos mortais estão guardados na Catedral de Lisboa.

O diácono de Saragoça (Espanha) foi martirizado no início do século IV na sequência da perseguição que o Império Romano moveu contra os cristãos.

 “Vicente não recuou nem fugiu, enfrentando os tormentos com uma coragem que não mais foi esquecida”, salienta o Patriarca, para quem a vida do santo pode ser “muito inspiradora”.

Se cada comunidade reviver “a memória de Vicente” com “o mesmo empenho e entrega”, no “serviço solidário”, na resposta às “necessidades” materiais e espirituais das pessoas, na atenção à “realidade” social, “nada deterá a missão evangélica”, conclui.

JCP

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Agência ECCLESIA

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