Instituição acolhe 45 jovens vindos de oito dioceses portuguesas e de Cabo Verde
Lisboa, 07 nov 2011 (Ecclesia) – O Seminário de Caparide, na diocese de Lisboa, acolhe atualmente 45 jovens portugueses e cabo-verdianos, afirmando-se como um caso de resistência no meio da crise de vocações que afeta a Igreja Católica.
Em entrevista ao jornal ‘Voz da Verdade’, o vice-reitor da instituição diz ser “uma grande alegria para toda a Igreja ver tantos jovens a quererem descobrir o caminho que Deus quer para cada um deles!”.
“É um desafio enorme”, realça o padre Nuno Amador, para quem também está em causa “ajudar estes rapazes a viver o seminário como tempo de conversão e relação com Cristo”.
Aos 31 anos, o sacerdote natural de Santarém assume-se como um dos mais jovens vice-reitores de seminário no país, à frente de um grupo vasto e diversificado.
No mapa vocacional encontram-se jovens provenientes das dioceses de Lisboa, Portalegre-Castelo Branco, Santarém, Aveiro, Leiria-Fátima, Funchal e de duas dioceses de Cabo Verde, São Vicente e São Tiago.
Para o padre Nuno Amador, o tempo vivido no Seminário Maior de Caparide deve ser encarado sobretudo como uma etapa de consolidação do “ser cristão”.
“Essa é a decisão diária: ser cristão, viver numa comunidade, viver intensamente a oração, o estudo, o serviço aos irmãos. E nisso, ir dando a resposta a esse chamamento que Deus faz a cada um”, sustenta.
Cerca de metade dos seminaristas está ainda no chamado ano propedêutico, período de “iniciação” imediatamente a seguir ao 12.º ano, em que os jovens são chamados a conhecer a realidade do Seminário e a tomar contacto com a “vida comunitária”, um dos quatro pilares que suportam a construção inicial da vocação sacerdotal.
Os outros, acrescenta o vice-reitor, são “o aprender a liturgia, a pastoral – com inserção na vida apostólica e a dimensão catequética”, concretizada a partir do estudo de “disciplinas introdutórias a grandes temas da vida da Igreja”.
Tal como os mais velhos, que estudam Teologia no 1.º e 2.º ano da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, os mais novos são convidados a realizar trabalho apostólico fora da instituição, “como forma de testemunho vocacional” e também para irem “conhecendo a realidade diocesana”, salienta ainda aquele responsável.
VV/JCP