Lisboa: Secretariado Diocesano do Ensino Religioso contesta novas medidas para as escolas

Responsável diz que criação de mega agrupamentos e aumento do número de alunos por turma vão conduzir professores ao desemprego

Lisboa, 14 set 2012 (Ecclesia) – O diretor do Secretariado Diocesano do Ensino Religioso (SDER) de Lisboa considera que as alterações introduzidas pelo Ministério da Educação neste novo letivo vão conduzir ao desemprego de diversos professores.

Em entrevista concedida ao jornal Voz da Verdade, do Patriarcado de Lisboa, o padre Paulo Malícia contesta particularmente “as novas diretivas de organização dos anos e das escolas”.

O Governo decidiu juntar diversos estabelecimentos de ensino sob a forma de “mega agrupamentos”, justificando a opção com “as características geográficas, humanas e materiais” de algumas regiões do país.

Lisboa acolhe algumas das maiores agregações, com destaque para a junção dos agrupamentos Delfim Santos e Escola Secundária D. Pedro V, num total de 3105 alunos, e dos agrupamentos da Póvoa de D. Martinho e Aristides Sousa Mendes, contabilizando 3042 alunos.

A criação dos novos mega agrupamentos foi acompanhada pelo aumento do número de alunos por turma, o que na opinião do responsável do SDER, favorece ainda mais a “diminuição do número de professores contratados”.

O Patriarcado de Lisboa conta atualmente com cerca de 300 docentes de Educação Moral e Religiosa Católica, espalhados pelo ensino público e privado.

Apesar de salientar que as medidas do Ministério da Educação colocam “em causa a vida das pessoas”, o padre Paulo Malícia não vê por agora outra alternativa senão “acatar as diretivas” estabelecidas.

VV/JCP

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Agência ECCLESIA

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