Lisboa: «Ressurreição de Jesus não é um mito, nem apenas um símbolo. É um acontecimento real que transforma tudo» – D. Rui Valério

Patriarca de Lisboa sublinhou centralidade da esperança e da paz, na mensagem da Páscoa

Foto: Patriarcado de Lisboa

Lisboa, 20 abr 2025 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa evocou hoje a centralidade da ressurreição de Jesus na história da humanidade, como momento que “transforma tudo”, apresentando a Páscoa como fonte de esperança e de paz.

“A ressurreição de Jesus não é um mito, nem apenas um símbolo. É um acontecimento real que transforma tudo, que abre a história à eternidade, que ilumina até as noites mais escuras. E com ela, recebemos dois dons preciosos e indissociáveis: a paz e a esperança”, indicou, na homilia da Missa do Domingo de Páscoa, a que presidiu na Catedral lisboeta.

No dia da festa mais importante para a Igreja Católica, que assinala a ressurreição de Jesus, D. Rui Valério recordou a celebração do Jubileu 2025, com o tema ‘Peregrinos de Esperança’.

“A Páscoa revela-se como o coração dessa esperança. Não uma esperança frágil, baseada em palavras humanas ou previsões otimistas, mas uma esperança firme, enraizada num facto: o túmulo está vazio e Jesus ressuscitou”, indicou, numa intervenção enviada à Agência ECCLESIA.

O vazio do túmulo já contém a plenitude da esperança. Ali, nasce um mundo novo. Aquele que morreu por amor vive por amor eterno. E não volta com vingança, mas com paz para todos”.

O patriarca de Lisboa destacou a necessidade de paz, no mundo atual, sublinhando que “o túmulo vazio abre verdadeiros caminhos de humanidade, de fraternidade, de dignidade”.

“A paz sem conversão é frágil. A esperança sem mudança é ilusão. Por isso, o Jubileu chama-nos a uma renovação profunda”, assinalou.

O responsável católico desafiou os participantes a viver com “autenticidade”, para mostrar ao mundo que é “possível perdoar, recomeçar, reconstruir, viver como irmãos”.

“Neste ano jubilar, somos chamados a ser peregrinos de esperança, isto é, homens e mulheres em caminho, que levam aos outros o anúncio da vida mais forte que a morte, que caminham com os que sofrem, que consolam os que choram, que não desistem de semear a paz”, acrescentou.

É urgente reavivar esta esperança, num tempo em que a violência, o medo e o desânimo parecem ter a última palavra. Mas nós, como cristãos, sabemos: a última palavra pertence a Deus. E a Sua palavra é Ressurreição, é Esperança, é Paz”.

A intervenção encerrou-se com uma oração à Virgem Maria: “Que Maria, Rainha da Paz e Mãe do Ressuscitado, nos ensine a guardar esta alegria e a espalhar esta paz. A Mãe da Esperança nos acompanhe no caminho jubilar. Cristo ressuscitou! Aleluia! Ámen”.

OC

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