Lisboa: Patriarcado sem desemprego na disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica

«Mais de 200 docentes» conheceram plano anual de atividades da disciplina

Lisboa, 16 out 2017 (Ecclesia) – O Secretariado Diocesano do Ensino Religioso Escolar (SDER), do Patriarcado de Lisboa, divulgou que todos os docentes da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) foram colocados no atual ano letivo 2017-2018.

“Significa desemprego 0% em educação, único grupo disciplinar onde acontece”, destaca o Secretariado Nacional de Educação Cristã (SNEC) em comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

O diretor do SDER do Patriarcado de Lisboa ao informar que todos os docentes de EMRC foram colocados no atual ano letivo referiu ainda que 22 escolas não têm professores e há padres diocesanos que regressaram às escolas “para suprir necessidades horárias”.

Os mais de 200 professores de EMRC que lecionam no território da diocese reuniram este sábado, no Colégio do Sagrado Coração de Maria, onde foi apresentado o plano de atividades para o ano letivo 2017-2018.

‘À Tua Palavra lançarei as Redes’ é o tema do referido plano que recorda que a “alegria cristã não brota de ter mais ou menos dificuldades na vida mas do encontro com Cristo que liberta”, explicou o padre Paulo Malícia.

“Como professores cristãos, mesmo no meio de tantas dificuldades, temos de saber transmitir a alegria e a esperança cristãs e transportar isso mesmo para as nossas comunidades escolares”, afirmou o diretor do SDER Lisboa.

Segundo o responsável, o tema central do atual ano letivo pretende ir ao encontro de “um ambiente cinzento” que existe em “tantas escolas” onde há profissionais “desanimados e sem alento para continuar”.

Neste contexto, o padre Paulo Malícia para além do “profissionalismo” pediu aos professores de Educação Moral e Religiosa Católica “um sorriso ou uma palavra” aos que mais precisam.

O ano escolar vai ficar também marcado pela restruturação dos serviços do Secretariado Diocesano do Ensino Religioso Escolar do Patriarcado de Lisboa.

“Perante os novos desafios responderemos com respostas novas a começar por uma nova equipa de trabalho”, explicou o sacerdote, adiantando que vão “criar equipas de docentes” que ajudem o Patriarcado de Lisboa “a refletir sobre as áreas de EMRC que necessitam de maior apoio”.

Face ao facto de todos os professores de EMRC em Lisboa estarem colocados e existirem 22 escolas sem docentes o padre Paulo Malícia recordou que o Secretariado Nacional da Educação Cristã já concedeu “bolsas de estudo a 38 estudantes a nível nacional”.

“Em Lisboa estamos a crescer grandemente em muitos agrupamentos de escolas com mais do que um professor por escola e depois, temos outros, onde a disciplina é apenas residual”, desenvolveu, anunciando “uma grande campanha de matrículas” no próximo ano.

Segundo o comunicado, na reunião foi também apresentado o projeto missionário Ondjoyetu, da Diocese de Leiria-Fátima, que no sul de Angola ajuda “mais de 30 mil pessoas” nas áreas social e pastoral.

“Na região de Gungo, a sul de Luanda, falta quase tudo. É uma zona de grande mortalidade infantil, cerca de 45% das crianças não chega aos 2 anos de idade, e é preciso ajudar as populações locais e promover a dignidade da pessoa”, explicou a professora Susana Querido, que esteve em missão e convidou os outros docentes a não hesitarem “se sentirem desafiados a partir e a ajudar”.

CB

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Agência ECCLESIA

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