Lisboa: Patriarcado justifica «reserva» financeira da Cáritas Diocesana

Montante visa «garantir a sustentabilidade dos serviços e a prossecução de projetos sociais relevantes»

Lisboa, 18 mar 2017 (Ecclesia) – O Patriarcado de Lisboa emitiu hoje um comunicado a respeito das recentes notícias sobre a gestão financeira da Cáritas Diocesana, explicando que a existência de uma “reserva” visa “garantir a sustentabilidade” e permitir a criação de novos serviços.

A nota, enviada Agência ECCLESIA, responde “a notícias e comentários” recentes sobre a atuação da Cáritas Diocesana de Lisboa (CDL), começando por recordar que esta instituição divulgou o seu relatório trienal (2014-2016), “com indicações de quantitativos distribuídos, superiores ao que tem aparecido nalguma comunicação social”.

“A leitura do relatório certamente esclarecerá os interessados sobre o trabalho da Cáritas Diocesana de Lisboa, bem como sobre a razão pela qual a sua direção mantém alguma reserva financeira: garantir a sustentabilidade dos serviços e a prossecução de projetos sociais relevantes”, assinala a nota do Patriarcado de Lisboa.

Segundo este relatório de 2014 a 2016, a CDL distribuiu apoios, em dinheiro efetivo, num montante de 641 270 euros, nesses três anos.

O mesmo documento “indica um conjunto de encargos permanentes com o funcionamento dos seus serviços e o pagamento dos respetivos profissionais” e “especifica os seus projetos sociais para o futuro próximo”, acrescenta o Patriarcado.

Em relação à “demora na execução de uma herança” a confiar à Cáritas Diocesana de Lisboa, a nota sublinha que “da parte da instituição, assim como do economato diocesano, permanece toda a disponibilidade para dar garantias de ser cumprida a vontade da doadora, sob a natural responsabilidade da Cáritas Diocesana”.

“Relembra-se que tudo se refere exclusivamente à Cáritas Diocesana de Lisboa e não à Cáritas Portuguesa ou às outras Cáritas Diocesanas, instituições autónomas ao serviço da causa comum”, conclui o comunicado.

A Cáritas celebra até domingo a sua semana nacional, que inclui um peditório público.

O cardeal-patriarca de Lisboa associou-se a esta iniciativa e disse que a Semana Nacional da Cáritas Portuguesa, que está a decorrer mais centrada no apoio às famílias carenciadas, vem reforçar “uma atitude que há de ser permanente”, na “atenção solidária” às pessoas.

Numa mensagem publicada na página do Patriarcado de Lisboa na internet, D. Manuel Clemente realça que a iniciativa, que tem como lema ‘Família Construtora da Paz’, quer chamar uma “atenção especial” para a situação desta célula fundamental da sociedade e para as “dificuldades económicas” que muitas pessoas “continuam a enfrentar”.

O cardeal-patriarca de Lisboa pede que todos correspondam “generosamente, quer com maior envolvimento corresponsável, quer com a contribuição material no peditório que se faz nestes dias, graças à colaboração de tantos voluntários”.

O programa da Semana Cáritas em Lisboa incluiu hoje, em Carnaxide, uma ‘caminhada pela paz’ coordenada por escuteiros e aberta a todas as famílias.

Na sua mensagem, D. Manuel Clemente chama a atenção para o trabalho realizado pela Cáritas lisboeta “nos últimos três anos”, em que foram distribuídos apoios por pessoas e famílias mais necessitadas.

Recordando que a Semana Cáritas acontece também em pleno tempo litúrgico da Quaresma, também centrado na solidariedade, o cardeal-patriarca convidou a viver de forma reforçada uma época que “leva ao essencial cristão”.

“A Deus e aos outros, onde Ele urgentemente nos espera”, concluiu D. Manuel Clemente.

OC

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