Lisboa: Patriarca recebe propostas para o acolhimento e integração de pessoas migrantes

Centro Padre Alves Correia e Cáritas Diocesana de Lisboa reuniram-se com D. Rui Valério, na sequência da assinatura de carta de compromisso

Foto: Patriarcado de Lisboa

Lisboa, 13 mai 2025 (Ecclesia) – O Centro Padre Alves Correia (CEPAC) anunciou na última quinta-feira que apresentou ao patriarca de Lisboa, em conjunto com a Cáritas Diocesana de Lisboa (CDL), “propostas de ação concretas” para o acolhimento e integração de pessoas migrantes.

D. Rui Valério recebeu no dia 5 de maio, em audiência, na Casa Patriarcal, em Moscavide, as duas instituições, depois de representantes de várias organizações católicas e civis se reunirem a 14 de março, na Universidade Católica Portuguesa em Lisboa, para debater e afirmar o papel ativo da Igreja no acolhimento e integração de pessoas migrantes, informa o Patriarcado de Lisboa.

A iniciativa “A Igreja, Lugar de Esperança”, no âmbito da celebração do Jubileu dos Migrantes, promovido pelo CDL e CEPAC, resultou na carta de compromisso ‘A Igreja, Lugar de Esperança: Acolher, proteger, promover e integrar a pessoa migrante’, que conta já com 132 assinaturas digitais.

“Desde então, a CDL e o CEPAC procuraram divulgar a Carta, apelaram ao envio de propostas de ações concretas que podem ser realizadas em torno dos compromissos na Diocese de Lisboa, em particular, reuniram os contributos recebidos e discutiram-nos com um grupo alargado de pessoas interessadas e signatárias da Carta”, revelou a nota do Centro Padre Alves Correia.

Segundo indica a instituição, da reflexão conjunta organizaram-se as propostas em quatro linhas de ação: “Sensibilizar as comunidades que acolhem; Envolver as comunidades que acolhem; Garantir a prestação de serviços às comunidades migrantes e Integrar/Incluir as comunidades migrantes”.

A CEPAC, a CDL e os signatários do compromisso reconhecem “a importância de a Igreja ter uma voz e um papel ativo na área das Migrações, alicerçada na sua experiência de terreno, de escuta e proximidade junto da pessoa migrante” e, por isso, estão “comprometidos com a continuidade do trabalho em rede dentro e fora da Igreja”.

“Empenhados nas respetivas missões, de serviço às pessoas que se encontram em situação de maior vulnerabilidade e exclusão, comprometemo-nos coletivamente com a concretização das propostas apresentadas em torno dos vários eixos”, pode ler-se no comunicado.

A carta, escrita em reação ao apelo do Papa Francisco para que todos sejam “Peregrinos de Esperança”, a propósito do Jubileu 2025, assenta em quatro compromissos.

“Promover e a concretizar a cultura do encontro como caminho para a fraternidade, local e universal”; “construir uma sociedade e comunidades cristãs que acolhem, protegem, promovem e integram”; “ser e a construir pontes, dentro e fora da Igreja”, “ser lugar de Esperança para todas as pessoas, irmão ou irmã, que decidem ou são forçadas a migrar”, pode ler-se no documento.

LJ

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