Lisboa: Patriarca quer uma pastoral católica mais «audaz» e «próxima» no espaço urbano

D. Manuel Clemente falou aos sacerdotes diocesanos reunidos em conselho presbiteral

Lisboa, 14 jan 2015 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa defendeu esta terça-feira a necessidade de uma Igreja Católica mais “audaz”, no que respeita ao trabalho pastoral que é feito no espaço urbano, e orientada para o “contacto pessoa a pessoa”.

Numa comunicação aos sacerdotes da diocese, reunidos em conselho presbiteral no Seminário dos Olivais, D. Manuel Clemente fez eco das conclusões saídas do Congresso Internacional sobre a Pastoral das Grandes Cidades, em que participou no final de 2014, em Barcelona.

Para o patriarca lisboeta, os desafios presentes nas “grandes cidades” de hoje requerem uma “pregação informal”, uma Igreja capaz de “atender o clamor dos pobres, dos excluídos e descartados”, de “dialogar com as outras culturas existentes”, em ambiente de “aproximação e partilha, também nas redes de comunicação social”.

“Não se trata de ser apenas Igreja ‘na’ cidade, mas Igreja ‘da’ cidade, compreendendo e assumindo a unidade urbana, conjugando todas as particularidades de lugares, centrais ou periféricos”, frisa o responsável católico.

Requerem ainda o esforço das “famílias cristãs” enquanto “igrejas domésticas” e o empenho das “paróquias”, no sentido de serem “comunidades de comunidades e centros de atenção pastoral permanente e criativa”.

Neste âmbito, “a formação e responsabilização do laicado, pessoal ou associado e presente nos vários setores da vida da cidade, é uma exigência básica da pastoral urbana, que não avançará doutro modo”, alerta o patriarca, num texto publicado hoje na página do Patriarcado de Lisboa na internet.

Aos presbíteros que se encontram em assembleia, D. Manuel Clemente pediu-lhes que recorram à sua “experiência acumulada” para levarem Cristo às comunidades, às famílias, e que privilegiem o contacto pessoal, com simplicidade e humildade.

A todos os diocesanos, pediu “proximidade e disponibilidade”, para que tenham as “portas abertas a quem passa”.

Metas que, frisou, também irá procurar cumprir no exercício da sua missão episcopal.

O patriarca de Lisboa destacou ainda a importância que estas reflexões devem assumir na preparação e concretização do Sínodo Diocesano de Lisboa, que está marcado para novembro de 2016.

JCP

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