Lisboa: Patriarca presidiu à passagem da Cruz do Jubileu da Caridade da Misericórdia da Amadora para o Centro Social «6 de Maio»

D. Rui Valério destacou que «o âmago da espiritualidade cristã» é «estar ao serviço dos outros, numa atitude de entrega»

Amadora, 10 mar 2025 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa presidiu à Missa da passagem da Cruz do Jubileu da Caridade da Misericórdia da Amadora para o Centro Social 6 de Maio, este domingo, o primeiro da Quaresma, na igreja de Nossa Senhora das Misericórdias.

“É muito belo que neste Primeiro Domingo de Quaresma, e nesta igreja da Santa Casa da Misericórdia de Amadora, nós estejamos a recordar aquilo que é o âmago da espiritualidade cristã. É o não servir-se a si, não estar ao serviço de si mesmo, mas estar ao serviço dos outros, numa atitude de entrega. E este é o labor, esta é a estrada que a Misericórdia da Amadora tem percorrido”, disse D. Rui Valério na homilia, citado na página na internet do Patriarcado de Lisboa.

O patriarca de Lisboa presidiu à Eucaristia de encerramento da visita da Cruz do Jubileu da Caridade à Santa Casa da Misericórdia da Amadora, que esteve em todas as valências de 3.ª Idade durante duas semanas, este domingo, na igreja de Nossa Senhora das Misericórdias, no complexo social da Quinta das Torres.

Encontramo-nos para, num espírito e numa atitude de gratidão, louvar o Senhor pela presença e passagem da Cruz do Jubileu pelos lares deste concelho, onde permaneceu para sentir a proximidade de quem está numa situação de vulnerabilidade, mas, ao mesmo tempo, para assinalar a passagem de Jesus na vida de todos nós. Ao mesmo tempo”.

A partir do Evangelho da celebração, que relatou o episódio das tentações de Jesus pelo diabo, no deserto, o patriarca de Lisboa afirmou que estão “todos na potencialidade de ser permeáveis” a essa proposta que quando tudo falta, quando vivem “na escassez do essencial, o perigo e o risco é a autoafirmação de si próprio”.

“Quando tudo falta, emerge o ‘eu’. Não, cara irmã e caro irmão, Jesus mostra-nos o caminho de que é possível que, exatamente nessa experiência de vida, não seja o ego a emergir, a afirmar-se, a impor-se, mas seja Deus. Então, que tu sejas, verdadeiramente, esta imagem e semelhança do Senhor, o qual resplandece no que és e no que fazes”, desenvolveu.

A partir da segunda leitura, uma passagem da Carta do apóstolo São Paulo aos Romanos, – ‘não há diferença entre judeu e grego’ -, D. Rui Valério afirmou que são “todos irmãos, todos unidos no banquete da comunhão”.

“Mas para que esta fraternidade universal aconteça na sociedade, esta reconciliação, esta união tem que começar a acontecer dentro de nós próprios. Por isso é que há aqui uma sintonia entre o que se diz com os lábios e o que se acredita com o coração. Porque quando há rotura, também não há união possível na sociedade”, acrescentou, lê-se na página na internet do Patriarcado de Lisboa.

A Cruz do Jubileu da Caridade foi entregue ao Centro Social ‘6 de Maio’ (Venda Nova – Amadora), “à realidade dos irmãos e irmãs migrantes”, destacou D. Rui Valério, que começou a dinamizar a Semana das Migrações da Zona Pastoral Ocidental do Patriarcado de Lisboa, até ao próximo domingo, dia 16 de março.

O Departamento Diocesano da Pastoral Sócio-Caritativa preparou um programa jubilar, tendo em conta as diferentes áreas sociais mais vulneráveis, destaca-se na sexta-feira, (14), uma sessão cultural com testemunhos e música, às 17h00, e, no próximo domingo (16), a Missa e entrega da Cruz.

LFS/CB/OC

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