D. Rui Valério presidiu à Eucaristia de bênção e inauguração da igreja de Várzea de Sintra
Sintra, 07 dez 2025 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa presidiu hoje à Eucaristia de bênção e inauguração da igreja de Várzea de Sintra, pedindo que esta seja uma “escola de acolhimento”.
“Uma igreja nova não é apenas um edifício belo; é uma escola de acolhimento”, disse D. Rui Valério, na homilia da celebração.
A intervenção, enviada à Agência ECCLESIA, sustentou que “todas as igrejas são a casa do Pai do filho pródigo”, ou seja, “lugar onde se é esperado, onde se pode regressar, onde o abraço está já preparado”.
O patriarca de Lisboa falou de um “advento dentro do Advento”, com esta celebração.
A Paróquia de São Martinho de Sintra começou a construção de uma igreja na Várzea em maio de 2022.
D. Rui Valério sublinhou que a dedicação de uma igreja traz sempre uma “dupla marca” de “fim e início”, sendo o lugar onde se concluem etapas e onde se recomeça com “novos rumos, nova fé, nova coragem”.
O patriarca de Lisboa insistiu que a nova igreja deve ser sinal da “infinita hospitalidade do Pai”, que abre a porta a todos sem perguntar “currículos, sucessos ou fracassos, virtudes ou feridas”.
O presidente da celebração dirigiu-se aos fiéis lembrando que naquele espaço deve ressoar uma “palavra silenciosa de Deus” para qualquer pessoa, crente ou hesitante: “Tu tens lugar na minha casa”.
Esta experiência de acolhimento gera responsabilidade, exigindo a construção de “um povo novo” e comunidades “que se perdoam, que abrem espaço aos pobres, aos cansados, aos jovens, aos idosos” e às “famílias feridas”.
D. Rui Valério desejou que a nova casa “não conheça portas fechadas nem corações fechados”, assumindo-se como “um grande sinal de esperança e um lugar de conversão”.
No II Domingo do Advento, tempo de preparação para o Natal, o patriarca alertou que a esperança cristã “nunca é uma espera passiva”, mas implica escolhas que traduzam a proximidade de Deus em “gestos concretos de justiça, de reconciliação, de serviço”.
“Que esta igreja seja, no meio da nossa terra, um farol aceso no Advento da história”, desejou.
Que esta casa seja, para todos, convite a levantar a cabeça, a não desistir, a crer que o futuro está nas mãos de Deus. E que, um dia, quando atravessarmos a última porta, possamos reconhecer que cada Eucaristia celebrada aqui era já um ensaio da casa definitiva do Céu, onde o Senhor nos espera.”
Em comunicado divulgado online, a Paróquia de São Martinho de Sintra agradece os apoios que tem recebido, sublinhando que a obra se encontra “na última fase de construção, nos acabamentos finais”.
Para conclusão dos pagamentos relativos à obra ainda faltam cerca de 50 mil euros, acrescenta a nota, apelando a donativos para chegar a esse montante.
OC
